25 de fev 2025
Matadores do novo Escritório do Crime utilizam rastreadores para monitorar vítimas
O novo Escritório do Crime é investigado por 18 homicídios e sequestros. A quadrilha usa rastreadores veiculares para monitorar e assassinar vítimas. Munições desviadas de forças de segurança são utilizadas em diversos crimes. Vinte e cinco policiais militares estão infiltrados no grupo, com 20 ativos. Adilsinho, chefe da máfia de cigarros, é o maior beneficiado pelos crimes.
Quadrilha de matadores a serviço da 'nova cúpula' tem mais de 20 PMs e usa munição do Estado nos homicídios. (Foto: Arte O GLOBO)
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O novo Escritório do Crime, uma quadrilha de matadores de aluguel no Rio de Janeiro, é investigado por suspeita de envolvimento em dezoito homicídios. A organização utiliza rastreador veicular para monitorar suas vítimas, como ocorreu no caso de Cristiano de Souza, assassinado após um erro na instalação do dispositivo. Cristiano era concorrente de Adilson Coutinho Oliveira Filho, conhecido como Adilsinho, que lidera uma máfia de venda de cigarros ilegais.
Ryan Patrick Barboza de Oliveira, conhecido como Motinha, é um dos integrantes do Escritório e responsável pelo rastreamento das vítimas. Ele seguia os alvos por dias, repassando informações em tempo real para a quadrilha. Em dois anos e meio, o grupo é suspeito de dois atentados malsucedidos e dois sequestros. A análise de dez mil páginas de inquéritos revelou a presença de vinte e cinco agentes da Polícia Militar envolvidos, com vinte ainda ativos.
O Escritório, liderado por Rafael do Nascimento Dutra, o Sem Alma, utiliza munição desviada de forças de segurança. A polícia apreendeu cartuchos de munição que foram desviados da PM, PRF e até do Exército em cenas de crime. A relação entre Sem Alma e Adilsinho é evidenciada por um áudio interceptado, e ambos são apontados como beneficiários dos crimes, especialmente no controle do mercado de cigarros.
Além dos homicídios, o Escritório é responsável por sequestros, como o de Anderson Reis dos Santos, que desapareceu em 2022, e Alexsandro dos Santos Marques, sequestrado em 2022 e até hoje não encontrado. As investigações sobre esses casos ainda estão em andamento, enquanto a polícia busca desmantelar a rede criminosa que se infiltrou nas forças de segurança.
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