02 de mar 2025
Relatório revela que Lourival Fatica comprou materiais para assassinar Anic horas antes do crime
O inquérito revela que Lourival Fatica premeditou o assassinato de Anic Herdy. Materiais como fita isolante e fitilho foram usados para asfixiar a vítima. Defesa questiona a falta de provas sobre a suposta encomenda do crime. Lourival confessou ter recebido R$ 4,6 milhões em resgate após o crime. O caso foi tipificado como homicídio triplamente qualificado e extorsão.
Lourival Fatica, assassino confesso de Anic Herdy (blusa preta ao lado), usa uma camisa da PF, embora nunca tenha sido policial. (Foto: Reprodução)
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Um relatório de inquérito sobre a morte da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos, revela que o técnico de informática Lourival Correa Netto Fatica, assassino confesso, premeditou o crime. O assassinato ocorreu em 29 de fevereiro de 2024, em Petrópolis, onde Lourival comprou fita isolante e uma abraçadeira horas antes do ato. O documento, assinado pela delegada Cristiana Onorato Miguel, indica que a fita foi utilizada para silenciar a vítima e a abraçadeira para estrangulá-la, resultando em asfixia mecânica.
O inquérito, solicitado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), investigou a alegação de Lourival de que o crime foi encomendado por Benjamim Cordeiro Herdy, marido da vítima. No entanto, não foram encontradas evidências que corroborassem essa afirmação. Câmeras de segurança da residência de Benjamim não registraram a suposta conversa sobre a encomenda do crime, conforme apurado pela perícia.
Após o assassinato, Lourival transportou o corpo de Anic para um motel em Itaipava e posteriormente o sepultou na casa onde morava, em Teresópolis, utilizando cimento para concretar o corpo. Em seu depoimento, Lourival afirmou que usou o fitilho para tentar estancar o sangue da advogada após golpeá-la. A defesa de Lourival, representada pela advogada Flávia Froés, concorda com a conclusão da perícia de que se tratou de um feminicídio, mas aguarda o laudo das câmeras para se manifestar sobre a falta de provas da conversa entre Lourival e Benjamim.
Após o crime, Benjamim recebeu uma mensagem exigindo R$ 4,6 milhões pelo resgate de Anic, com parte do pagamento realizada em bitcoin e depósitos em contas no Paraguai. O pagamento foi concluído em 11 de março, e Lourival utilizou parte do dinheiro para adquirir uma picape de luxo e outros bens. A família de Anic registrou o desaparecimento na 105ªDP em 14 de março. Lourival, que se apresentava como policial federal, foi preso em seguida, e o caso foi tipificado como homicídio triplamente qualificado e extorsão. Os filhos de Lourival e sua ex-namorada foram detidos, mas liberados enquanto o processo avança.
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