Estudante chinês é condenado por drogar e estuprar 10 mulheres na Inglaterra e na China

Um estudante de doutorado chinês, Zhenhao Zou, de 28 anos, foi considerado culpado na quarta-feira em um tribunal de Londres por drogas e estupros de dez mulheres na Inglaterra e na China, com a polícia alertando que pode haver mais de 50 outras vítimas. As condenações ocorreram após um mês de julgamento no Inner London Crown Court, onde Zou foi declarado culpado de 11 acusações de estupro, incluindo duas relacionadas a uma única vítima. Os jurados, após mais de 19 horas de deliberação, concluíram que ele estuprou três mulheres em Londres e sete na China.

Zou, que filmou nove dos ataques como "souvenires" usando câmeras escondidas ou portáteis, mantinha uma caixa de troféus com pertences das vítimas. Ele, que estudava engenharia mecânica na University College London, alegou que as interações sexuais eram consensuais. O juiz Rosina Cottage o descreveu como um "ofensor sexual perigoso e predatório" e indicou que sua sentença, marcada para 19 de junho, será "muito longa". Além das condenações por estupro, Zou também foi considerado culpado de três acusações de voyeurismo, dez de posse de imagem pornográfica extrema, entre outras.

O comandante da polícia metropolitana, Kevin Southworth, destacou que Zou "fez tudo o que pôde para incapacitar suas vítimas", tornando-as incapazes de resistir aos ataques. Ele agradeceu às duas mulheres que testemunharam contra Zou, que também usava o nome Pakho online para se aproximar de estudantes de origem chinesa por meio de aplicativos de namoro. A polícia está apelando para que qualquer pessoa que possa ter sido alvo de Zou entre em contato.

Durante o julgamento, uma chamada de uma das vítimas levantou questões sobre a qualidade do intérprete disponível, o que foi lamentado por Southworth. Zou se mudou para Belfast, na Irlanda do Norte, em 2017, e posteriormente para Londres em 2019, onde continuou seus estudos. O presidente da UCL, Dr. Michael Spence, expressou solidariedade às sobreviventes e elogiou a coragem das mulheres que relataram os crimes e testemunharam no julgamento.