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Mãe busca filho desaparecido no Paraguai e se torna investigadora particular

Isabel Streski busca seu filho, Antonio Augusto, desaparecido desde outubro de 2022. Ele era estudante de medicina na UMAX e parou de se comunicar com a mãe. Isabel formou uma associação que já ajudou a encontrar 83 desaparecidos no Paraguai. Ela critica a falta de apoio das autoridades brasileiras em sua busca. O Itamaraty afirma acompanhar o caso, mas sem poder investigativo.

Antonio Augusto Streski Manjinski com sua mãe, Isabel Streski (Foto: Arquivo pessoal)

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Isabel Streski, de 48 anos, busca incansavelmente por seu filho, Antonio Augusto Streski Manjinski, de 25 anos, desaparecido em Assunção, Paraguai, desde 4 de outubro de 2022. Antonio, estudante de medicina na UMAX (Universidad María Auxiliadora), parou de responder mensagens e ligações, levando Isabel a investigar o caso pessoalmente após perceber que seus pertences estavam em casa. A mãe, que estava nos Estados Unidos na época, ficou alarmada ao descobrir que ele não havia saído de casa.

Após o desaparecimento, Isabel fez um boletim de ocorrência e se deparou com a falta de apoio das autoridades paraguaias. Um fiscal designado ao caso afirmou que Antonio não tinha o perfil de um aluno de medicina e insinuou envolvimento com drogas, o que Isabel contesta. "Marquei oito vezes reunião com o fiscal e ele não me recebeu nenhuma das vezes," relata. Diante da ineficácia da polícia, Isabel decidiu seguir seu próprio caminho, contando com a ajuda de voluntários e formando a Associação de Famílias de Desaparecidos no Paraguai, que já ajudou a localizar 83 pessoas.

Em 2022, 1.912 pessoas desapareceram no Paraguai, segundo dados da associação, com apenas 614 sendo localizadas. Isabel critica a falta de empenho das autoridades brasileiras na busca por seu filho, afirmando que se sentiu mais acolhida no Paraguai. O Itamaraty, por sua vez, informou que acompanha o caso e presta assistência consular, mas não possui poder investigativo. A Polícia Federal confirmou a inclusão de Antonio em uma "Difusão Amarela" pela Interpol do Paraguai.

Isabel, que reside em Assunção com seu filho mais novo, de 13 anos, se dedicou a cursos de investigação e manuseio de armas para auxiliar nas buscas. "Conheço o Paraguai de canto a canto," diz ela, que também enfrentou desafios emocionais e terapias para lidar com a situação. Apesar das dificuldades, Isabel mantém a esperança de encontrar Antonio e continua sua luta por justiça e visibilidade para os desaparecidos no país.

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