Metrô de São Paulo afasta funcionários de empresa terceirizada por denúncias de assédio

A AT & Santos, empresa responsável pela limpeza do Metrô de São Paulo, afastou os funcionários acusados de assédio moral na Linha 2-Verde. A decisão ocorreu após denúncias de pelo menos dezesseis trabalhadores que relataram um ambiente hostil. A empresa afirmou que todos os atos denunciados são investigados para garantir um ambiente de trabalho saudável.

Após a publicação das denúncias, a AT & Santos se reuniu com o Siemaco, sindicato da categoria, em 28 de fevereiro. Durante o encontro, a empresa concordou em implementar medidas preventivas, como campanhas educativas sobre assédio moral e melhorias nos canais de denúncia, além de garantir que os acusados não tenham contato com as supostas vítimas.

A ex-funcionária Joselane Faustino, demitida após relatar a situação, foi acusada pela empresa de assédio, o que ela nega. O sindicato contestou essa alegação, afirmando que não houve apuração formal das denúncias contra Joselane. O Siemaco destacou que a empresa reconheceu falhas na fiscalização durante uma audiência oficial.

Trabalhadores como Mateus da Silva relataram casos de homofobia e minimização de suas queixas. Ele foi chamado de "viadinho" por um colega e, após reclamar, foi suspenso e demitido. Joselane também mencionou ofensas a funcionários mais velhos por parte de supervisores. O Metrô de São Paulo declarou que está à disposição do Ministério do Trabalho e Emprego para investigar possíveis irregularidades na conduta da empresa contratada.