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Duas vítimas de trabalho análogo à escravidão são resgatadas em Minas Gerais

Duas vítimas de trabalho análogo à escravidão foram resgatadas em Planura, MG, após serem aliciadas e submetidas a condições degradantes. A operação, chamada Novo Amanhã, resultou na prisão de três empregadores. As vítimas, um homem homossexual e uma mulher transgênero do Uruguai, foram abordadas por meio de redes sociais e traficadas para a região, onde enfrentaram jornadas exaustivas, sem pagamento e em moradia precária. Um dos resgatados ficou cerca de nove anos em condições de trabalho forçado, enquanto a outra sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) devido ao estresse. As vítimas recebem apoio de instituições de saúde e assistência jurídica. Denúncias sobre violações de direitos humanos podem ser feitas pelo Disque 100.

Foto: Divulgação/Auditoria Fiscal do Trabalho

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Duas vítimas de trabalho análogo à escravidão foram resgatadas em Planura, Minas Gerais, durante a Operação Novo Amanhã, realizada entre os dias 8 e 15 de abril. A ação, que envolveu o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Federal, resultou na prisão de três empregadores.

As vítimas, um homem homossexual e uma mulher transgênero, ambos do Uruguai, foram aliciados por meio de redes sociais e traficados para a região. Eles enfrentaram jornadas exaustivas, sem pagamento e em condições precárias de moradia. Um dos resgatados foi mantido como empregado doméstico por cerca de nove anos, sem registro em carteira, e sofreu diversas formas de violência, incluindo agressões físicas e exploração sexual.

Durante a operação, os auditores do MTE identificaram que os empregadores utilizavam plataformas digitais para abordar pessoas em situação de vulnerabilidade, especialmente membros da comunidade LGBTQIAPN+. As promessas de trabalho e acolhimento eram falsas, levando as vítimas a situações abusivas.

A outra vítima sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) durante o período em que esteve sob os cuidados dos patrões, possivelmente devido ao estresse e às violências enfrentadas. Os empregadores foram presos em flagrante e encaminhados ao sistema prisional, onde aguardam julgamento. A investigação continua, e foram apreendidos celulares e dispositivos eletrônicos.

As vítimas estão recebendo apoio das Clínicas de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e do Centro Universitário Presidente Antônio Carlos (UNIPAC), que oferecem assistência médica, psicológica e jurídica. Denúncias sobre violações de direitos humanos podem ser feitas pelo Disque 100, disponível 24 horas.

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