Contêineres de transporte no Porto de Balboa, no Panamá, em 25 de fevereiro. (Foto: Walter Hurtado/Bloomberg)

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Panamá se torna corredor estratégico para o tráfico de cocaína com cartéis colombianos e mexicanos - Panamá se torna corredor estratégico para o tráfico de cocaína com cartéis colombianos e mexicanos

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Os cartéis colombianos e mexicanos dominam o tráfico de drogas no Panamá, transformando o país em um corredor estratégico para o transporte de cocaína rumo aos Estados Unidos, Europa, Ásia e África. Utilizando recursos como o Canal do Panamá, portos e zonas de livre comércio, essas organizações criminosas se expandiram para diversos terminais portuários, estabelecendo ramificações operacionais em outros continentes. Atualmente, mais de 50 organizações criminosas foram identificadas em seis portos panamenhos, um aumento significativo em relação aos anos 1990, quando os casos de tráfico eram raros.

Esses grupos locais colaboram com cartéis internacionais, como o Cartel de Sinaloa e o Clan del Golfo, que financiam a logística e coordenam operações internas. A demanda crescente por cocaína na Europa, em contraste com a queda nos Estados Unidos devido ao aumento do uso de fentanil, tem incentivado essa diversificação. Alejo Campos, diretor regional da Crime Stoppers, destaca que as organizações veem o tráfico como uma atividade global sem fronteiras, buscando controlar rotas e estabelecer alianças estratégicas em todos os níveis.

A infiltração em instituições governamentais e no setor privado é uma tática comum, permitindo que os traficantes operem com segurança. A Autoridade Nacional de Aduanas do Panamá revelou grupos envolvidos em atividades irregulares, como contrabando de álcool e evasão fiscal. Em 2024, foram apreendidas mais de 117 toneladas de drogas, com mais de 10% das apreensões ocorrendo em portos. Os métodos de ocultação de drogas incluem esconderijos em produtos de exportação, como carvão e móveis, dificultando a detecção pelas autoridades.

A evolução das táticas de tráfico, como o uso de containers refrigerados e a técnica de "gancho ciego", permite que os criminosos operem rapidamente, inserindo drogas em containers antes da partida dos navios. Apenas 10% dos oito milhões de containers que passam pelo Panamá anualmente são inspecionados, o que favorece a ação dos cartéis. A falta de recursos tecnológicos e a proteção sindical dificultam a remoção de funcionários suspeitos, permitindo que muitos continuem a trabalhar em posições estratégicas nos portos, perpetuando o ciclo de tráfico e corrupção.

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