Mulher de Connecticut é acusada de manter o enteado em cativeiro por 20 anos e vai a julgamento

Uma mulher de Connecticut, Kimberly Sullivan, de 56 anos, enfrenta acusações graves de sequestro, agressão e crueldade após ser acusada de manter seu enteado em cativeiro por quase duas décadas. Sullivan, que foi presa em 12 de março, nega as alegações e planeja se declarar inocente. Ela foi liberada após pagar uma fiança de R$ 300 mil. Seu advogado, Ioannis Kaloidis, afirmou que “ele não estava trancado em um quarto” e que Sullivan “forneceu comida e abrigo”.

O caso veio à tona quando o enteado, agora com 32 anos, incendiou a casa que compartilhava com Sullivan em um ato desesperado por liberdade. Os bombeiros encontraram o homem com queimaduras e inalação de fumaça, enquanto Sullivan saiu ilesa. O homem relatou à polícia que foi mantido em cativeiro desde os 11 anos, sobrevivendo com apenas dois sanduíches por dia e água. Ele descreveu sua vida como uma existência sombria, sendo trancado em um quarto com várias fechaduras.

Durante sua adolescência, o homem foi mantido em confinamento quase total, saindo apenas para tarefas mínimas. Apesar de duas visitas de bem-estar por parte do Departamento de Crianças e Famílias e da polícia em 2004, a situação não foi detectada. Após a morte de seu pai em janeiro de 2024, a situação se tornou ainda mais restritiva, levando o homem a buscar uma forma de escapar.

Após anos de abuso e privação, ele encontrou um isqueiro e usou-o para iniciar o incêndio, que se tornou seu meio de fuga. A polícia confirmou as alegações do homem ao encontrar madeira e fechaduras na porta do seu quarto. Atualmente, ele está em recuperação em uma unidade médica, enfrentando um longo caminho de cura física e emocional. A cidade de Waterbury se comprometeu a oferecer apoio ao homem durante sua recuperação.