Grupo de brasileiros é preso nos EUA por tráfico de armas e fentanil em operação federal

Dezoito brasileiros foram detidos nos Estados Unidos por envolvimento em tráfico de armas e fentanil, após obterem passaportes e vistos no Brasil. A operação, que durou um ano, revelou que a maioria dos detidos era originária de Minas Gerais e que muitos estavam em situação irregular no momento da prisão. As autoridades norte-americanas identificaram conexões com facções criminosas, incluindo o Primeiro Comando da Capital (PCC).

A investigação, parte da operação "Take Back America", focou em vendas ilegais de armas em Massachusetts. Durante a ação, foram apreendidas 110 armas, como pistolas e rifles, além de quantidades não contabilizadas de fentanil, um opioide extremamente potente. Um dos acusados chegou a ameaçar um informante, afirmando que as armas pertenciam à facção paulista.

As penas para os crimes de tráfico de armas e posse ilegal de armas nos EUA podem chegar a 15 anos de prisão, além de multas que podem atingir R$ 1,4 milhão. Após o cumprimento das sentenças, os detidos estão sujeitos à deportação. O Departamento de Justiça dos EUA destacou que as sentenças são determinadas por um juiz federal, com base nas diretrizes de sentença.

O PCC já havia sido identificado em investigações anteriores como uma organização criminosa com ramificações internacionais, incluindo os Estados Unidos. Em 2021, o grupo foi incluído em uma lista de sanções financeiras por sua associação ao narcotráfico. A Polícia Federal do Brasil não divulgou informações sobre como os acusados obtiveram seus passaportes, alegando restrições de acesso a esses dados.