09 de abr 2025
Homem resgatado após 20 anos em cativeiro provoca incêndio para escapar do abuso
Homem é resgatado após 20 anos em cativeiro; madrasta é indiciada por sequestro e abuso. Comunidade questiona falhas das autoridades.
Equipe de resgate atendeu a um incêndio e encontrou a vítima, que teria ficado presa em um pequeno quarto por duas décadas (Foto: The New York Times)
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Um homem de 32 anos foi resgatado após ser mantido em cativeiro por seu pai e madrasta em Waterbury, Connecticut, desde os 12 anos. Ele não era visto publicamente desde 2005 e provocou um incêndio em sua casa para chamar a atenção dos bombeiros, o que resultou em seu resgate em fevereiro. Durante duas décadas, ele viveu em um quarto de 2,4 m por 2,7 m, sendo trancado por cerca de 23 horas diárias.
No hospital, o homem revelou que não tomava banho há mais de um ano e que sua alimentação era precária, consistindo em sanduíches ocasionais. Ele pesava apenas 31 quilos e não recebia cuidados médicos há 20 anos. A última visita policial à sua casa ocorreu em abril de 2005, quando seu pai fez uma denúncia sobre o assédio de pessoas que se preocupavam com o bem-estar do filho. A madrasta, Kimberly Sullivan, de 57 anos, foi indiciada por sequestro, agressão e outras acusações, podendo enfrentar uma pena de prisão perpétua.
Professores e vizinhos do homem relataram preocupações sobre seu estado antes de seu desaparecimento, mas as autoridades determinaram que ele estava bem. O ex-diretor da escola primária Barnard, Tom Pannone, fez várias chamadas ao Departamento de Crianças e Famílias, mas as investigações não resultaram em ações concretas. Após a morte do pai, o confinamento do homem se intensificou, e ele finalmente conseguiu escapar do cativeiro.
O caso gerou grande comoção na comunidade, que agora se questiona sobre a eficácia das intervenções das autoridades. O homem, que está em recuperação, ainda não fez declarações públicas, e um tutor foi designado para proteger seus interesses. A madrasta se declarou inocente e seu advogado atribuiu a responsabilidade ao pai biológico, que faleceu no ano passado.
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