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Cresce a violência nas escolas brasileiras; 47 vítimas fatais desde 2001

A violência nas escolas brasileiras atinge níveis alarmantes, com um aumento de 13,1 mil casos de agressões em 2023.

ALERTA Pesquisa chama atenção para realidade nas escolas do país (Foto: Reprodução / Prefeitura de Caxias do Sul)

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Escolas brasileiras enfrentam aumento alarmante de violência e agressões

O Brasil registra uma escalada preocupante da violência em instituições de ensino nos últimos dez anos, com um pico de ataques entre 2022 e 2023. A desvalorização do professor, discursos de ódio e falta de preparo para lidar com conflitos são apontados como causas. Desde 2001, ao menos 47 pessoas perderam a vida em decorrência desse cenário.

O Ministério da Educação (MEC) classifica a violência escolar em quatro tipos: agressões extremas, violência interpessoal, bullying e violência institucional. A violência no entorno da escola, como tráfico e tiroteios, também é considerada. Dados do Ministério de Direitos Humanos e Cidadania revelam que as vítimas de violência interpessoal nas escolas saltaram de 3,7 mil em 2013 para 13,1 mil em 2023.

Aumento de violência autoprovocada e bullying

O número de casos de violência autoprovocada, incluindo automutilação e tentativas de suicídio, aumentou 95 vezes no período analisado, atingindo 2,2 mil ocorrências em 2023. Pesquisas indicam um crescimento na proporção de estudantes que sofrem bullying, passando de 30,9% em 2009 para 40,5% em 2019. A insegurança escolar também aumentou, com 11,4% dos alunos evitando a escola em 2019, contra 5,4% em 2009.

Radicalização política e violência doméstica como fatores

Especialistas apontam que a radicalização política, iniciada em 2013, contribuiu para a naturalização de discursos agressivos e intolerantes, afetando a convivência escolar. O aumento da violência doméstica contra crianças e jovens também é considerado um fator relevante, com um crescimento de 9,5% para 16,1% entre 2009 e 2019, de acordo com o Atlas da Violência.

Preconceitos e falta de acolhimento agravam o problema

A psicóloga Angela Soligo, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), destaca a importância de abordar preconceitos institucionais presentes no currículo e nas relações pedagógicas. A falta de acolhimento a estudantes que vivenciam racismo, machismo e homofobia também agrava o cenário. Pesquisas revelam que muitas escolas não reconhecem a violência, com 40% afirmando não registrar incidentes.

Secretarias de educação precisam de mais estrutura

Uma pesquisa nacional com gestores de secretarias de educação revelou que apenas 4,1% apresentam um alto nível de estruturação para gerenciar a violência escolar. A maioria das secretarias possui programas, mas sem uma abordagem integrada, reforçando a necessidade de articulação entre educação, saúde e assistência social.

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