Estudantes de FSU clamam por segurança após ataque a tiros em campus sem fechaduras funcionais

Tiroteio na Florida State University reacende debate sobre segurança em campi

Um tiroteio na Florida State University (FSU), na última quinta-feira, deixou dois homens mortos e cinco feridos. A rápida ação da polícia, que neutralizou o atirador em quatro minutos, evitou uma tragédia ainda maior, segundo autoridades e estudantes.

Estudantes questionam falta de segurança nas salas de aula

Após o incidente, estudantes como Meghan Bannister e Sarah Walker iniciaram uma petição online, já com quase 30 mil assinaturas, solicitando fechaduras funcionais nas portas das salas de aula. Durante o ataque, elas e outros colegas constataram que as portas não trancavam, gerando pânico e sensação de vulnerabilidade.

“A porta não trancava”, relatou Bannister, descrevendo o momento em que a turma tentou se proteger. “A única coisa que consegui pensar foi que, se o atirador quisesse entrar, poderia fazê-lo facilmente.”

Resposta rápida da polícia é elogiada

A polícia agiu em dois minutos após o primeiro chamado de emergência, chegando ao local e confrontando o suspeito, identificado como Phoenix Ikner, de 20 anos. Especialistas em segurança, como Brian Higgins, ressaltam que a agilidade da resposta policial foi crucial para limitar os danos.

“A resposta foi absolutamente incrível”, afirmou Charles Ramsey, ex-chefe de polícia de Washington e Filadélfia. “Eles chegaram rapidamente e neutralizaram o indivíduo, impedindo que ele causasse mais mal.”

Universidade promete revisão dos protocolos de segurança

A FSU informou que irá inspecionar as fechaduras das portas como parte de uma revisão geral da segurança do campus. A universidade já possui um sistema de alertas de emergência e oferece treinamento sobre como agir em situações de tiroteio, seguindo o protocolo “Correr, Esconder, Lutar”.

Desafios da segurança em campi universitários

Especialistas apontam que a segurança em universidades é mais complexa do que em escolas de ensino fundamental e médio, devido à natureza aberta dos campi e à maior liberdade dos estudantes. Juliette Kayyem, analista de segurança da CNN, destaca a importância de controlar o acesso aos edifícios e manter linhas de comunicação eficientes.

“A ideia de ‘segurança’ não existe nesse ambiente”, disse Kayyem. “O que se faz é tentar tornar as universidades mais seguras, com medidas relativamente simples e de baixo custo.”