Mistrial é declarado em caso de assédio sexual envolvendo ex-jogadores de hóquei canadenses

Um juiz canadense declarou mistrial em um caso de agressão sexual envolvendo cinco ex-jogadores da seleção júnior de hóquei do Canadá. A decisão foi anunciada na sexta-feira, após o início do julgamento e a convocação do primeiro testemunho pela acusação. Um novo júri foi rapidamente selecionado para o caso, que recomeçará na próxima segunda-feira e deve durar cerca de oito semanas.

Os acusados, que já atuaram na National Hockey League (NHL), são Michael McLeod, Cal Foote, Carter Hart, Dillon Dubé e Alex Formenton. Todos se declararam inocentes das acusações. O juiz Maria Carrocci não revelou os motivos para a declaração de mistrial, que estão cobertos por uma proibição de publicação. Durante o julgamento, a juíza mencionou que "algo aconteceu durante o intervalo para o almoço que precisa ser discutido".

As acusações estão relacionadas a um suposto ataque sexual ocorrido em 2018, em Londres, a cerca de 190 quilômetros de Toronto, após um evento de arrecadação de fundos da Hockey Canada. A vítima, uma mulher de 24 anos, processou a Hockey Canada, alegando que foi agredida por oito jogadores em um quarto de hotel. Ela afirmou ter se sentido pressionada a não denunciar o incidente à polícia.

Em maio de 2022, a Hockey Canada foi criticada após a revelação de que havia feito um acordo silencioso com a mulher. A situação gerou um clamor nacional, resultando na perda de financiamento federal e de vários contratos de patrocínio. A polícia de Londres reabriu a investigação sobre o caso e se desculpou por não ter agido antes. No Canadá, a condenação por agressão sexual pode resultar em até dez anos de prisão.