02 de mai 2025
Rússia e Eslováquia aumentam cota de caça ao urso pardo em meio a ataques a humanos
Rússia e Eslováquia já flexibilizaram a proteção dos ursos pardos. Rumania segue o mesmo caminho, permitindo a caça de 46 animais.
Urso pardo europeu nos Carpatos da Romênia (Foto: Roland Brack / Alamy Stock Photo)
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As autoridades da Romênia iniciaram o processo para desproteger os ursos pardos, permitindo a caça de 46 indivíduos entre 2024 e 2025. A decisão surge em resposta ao aumento de ataques a humanos e conflitos decorrentes da urbanização.
Recentes estudos indicam que a Romênia abriga entre 10.419 e 12.770 ursos pardos, número muito superior ao ideal de 4.000 proposto pelo governo. O ministro do Meio Ambiente, Aguas e Florestas, Mircea Fechet, afirmou que a vida humana deve ter prioridade e que a proteção dos ursos será revista.
A proposta inclui a possibilidade de matar ursos que representem perigo iminente para a população. Atualmente, as autoridades devem primeiro afastar o animal e, se necessário, reubicá-lo antes de considerar a morte. O aumento de encontros entre humanos e ursos tem sido atribuído à pressão urbanística e à escassez de alimentos, levando os animais a buscar comida em áreas urbanas.
Medidas e Consequências
O governo também planeja implementar cercas elétricas em áreas de risco e modernizar os equipamentos de intervenção. Entre fevereiro de 2024 e março de 2025, foram registradas 5.553 chamadas para emergências relacionadas à presença de ursos.
Organizações de proteção animal criticam a decisão de caça, argumentando que não resolverá o problema e que muitos ursos são caçados como troféus. Um estudo do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Florestal sugere que a redução de árvores frutíferas em áreas públicas poderia ajudar a evitar conflitos.
A Romênia, que possui a maior população de ursos pardos da Europa, já havia aumentado sua cota de caça após incidentes fatais, incluindo o ataque a uma jovem em uma trilha turística. A situação continua a gerar polêmica, com a necessidade de equilibrar a segurança pública e a conservação da fauna local.
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