07 de mai 2025
Conflito entre elefantes e comunidades no Maláui gera mortes e destruição de plantações
Moradores do Maláui enfrentam invasões de elefantes após relocação, resultando em mortes e destruição de plantações. Ação judicial busca indenizações.
Elefantes do Maláui (Foto: Reprodução)
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À medida que o amanhecer surge sobre o Maláui, Rodwell Chalilima observa seu campo de milho devastado por elefantes. Ele relata que a invasão dos animais, que já conta com quase duzentos elefantes, tem causado destruição e tragédias. Chalilima, pai de seis filhos, se sente impotente diante da situação.
O problema começou há três anos, quando duzentos e sessenta e três elefantes foram transferidos para o Parque Nacional de Kasungu, em um esforço para aliviar a superpopulação nas reservas. Essa ação, apoiada por ONGs de conservação, foi vista como um sucesso, mas gerou conflitos com as comunidades locais. Moradores de Chisinga e outras vilas relatam que os elefantes invadem suas plantações, resultando em perdas significativas e até mortes.
Uma ação judicial foi movida contra o International Fund for Animal Welfare (IFAW), que ajudou na relocação dos elefantes. Os moradores buscam milhões de dólares em indenizações, alegando que a falta de cercas adequadas permite que os animais entrem em áreas habitadas. O escritório de advocacia britânico Leigh Day representa dez reclamantes que afirmam que pelo menos doze pessoas perderam a vida devido a esses conflitos.
Kannock Phiri, de 35 anos, lamenta a morte da esposa, que foi pisoteada por elefantes enquanto colhia vegetais. Ele critica a falta de apoio após a tragédia, afirmando que o parque apenas forneceu um caixão e um pouco de comida para o funeral. O IFAW reconheceu os conflitos, mas defende que seu papel foi limitado a apoio financeiro e consultoria ao governo.
O governo do Maláui informou que oitenta e quatro por cento de uma cerca de cento e trinta e cinco quilômetros já foi concluído para conter os elefantes. O porta-voz do ministério da vida selvagem, Joseph Nkosi, afirmou que a assistência às comunidades afetadas é oferecida caso a caso. Kaston Nyirenda, líder da vila de Mbuluunde, expressou a necessidade de ajuda, ressaltando que a conservação não deve ocorrer à custa da vida das pessoas.
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