11 de mai 2025
Talibã proíbe xadrez no Afeganistão por considerá-lo jogo de azar e imoral
Talibã proíbe xadrez, considerando o jogo de azar, e intensifica repressão cultural com prisões por música no Afeganistão.
Talibãs incluem mais atividades em lista de violação às leis de moralidade (Foto: MOHSEN KARIMI / AFP)
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O governo talibã proibiu o xadrez, considerando-o um jogo de azar, o que infringe as leis de moralidade. A decisão foi anunciada no domingo, 11 de maio, por Atal Mashwani, porta-voz da Direção de Esportes. Segundo ele, o xadrez é visto como uma forma de apostar dinheiro, prática que é vetada pela lei de Propagação da Virtude e Prevenção do Vício (PVPV), aprovada no ano passado.
A proibição do xadrez se insere em um contexto de crescente repressão a atividades culturais no Afeganistão. Desde que o Talibã reassumiu o poder em 2021, diversas atividades e esportes foram banidos, incluindo competições de MMA, consideradas muito "violentas". O críquete, por outro lado, ainda é amplamente praticado, mas restrito apenas aos homens.
Além da proibição do xadrez, o Talibã prendeu 14 pessoas por tocarem instrumentos musicais e cantarem em uma reunião clandestina em Takhar. A polícia local afirmou que a prática é proibida desde a volta do grupo ao poder. As autoridades abriram investigações contra os detidos, que foram acusados de causar distúrbios à ordem pública.
Azizullah Gulzada, proprietário de um café em Cabul, onde o xadrez era jogado, afirmou que respeitará a proibição, mas questionou os argumentos religiosos. Ele destacou que muitos países muçulmanos têm jogadores de xadrez de nível internacional e que, antes da proibição, jovens frequentavam seu estabelecimento para jogar sem a intenção de apostar.
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