12 de mai 2025
Polícia descobre estação clandestina que dispara SMS fraudulentos em São Paulo
Estação Rádio Base clandestina dispara SMS fraudulentos em São Paulo, revelando nova faceta de estelionatos virtuais.
Estações clandestinas de telefonia são usadas para golpes de SMS (Foto: Divulgação)
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Em julho de 2024, a polícia de São Paulo desmantelou uma Estação Rádio Base (ERB) clandestina que enviava SMS fraudulentos. O equipamento, encontrado no banco traseiro de um carro, disparava milhares de mensagens enganosas, como "compra não autorizada" e "sua conta foi bloqueada". A operação foi desencadeada após a abordagem de um veículo com faróis apagados em uma avenida movimentada.
As investigações revelaram que a chamada "unidade móvel do golpe" operava em locais como a Avenida Faria Lima e a Avenida Paulista, bloqueando sinais de celulares nas proximidades. O delegado Alexandre Bento, da 42ª Delegacia de Polícia, destacou que a tecnologia utilizada é complexa e requer conhecimento avançado em telecomunicações. O equipamento, avaliado em cerca de R$ 100 mil, foi montado com peças de telecomunicações desviadas e tecnologia importada.
Desde a descoberta, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) recebeu diversas denúncias de casos semelhantes em três estados. A polícia já apreendeu pelo menos quatro ERBs em São Paulo, incluindo uma em um apartamento no Morumbi, que disparou entre 40 mil e 50 mil mensagens em apenas três horas. O responsável pela operação foi preso em flagrante.
A Anatel está intensificando esforços para combater esse tipo de crime, que se tornou mais frequente durante a pandemia. Em 2022, estelionatos virtuais superaram os casos de roubos e furtos no Brasil, com um prejuízo estimado em R$ 186 bilhões. A superintendente de Fiscalização da Anatel, Gesileia Teles, afirmou que a detecção desses equipamentos é desafiadora, especialmente quando estão em veículos.
As investigações também levaram à identificação de uma loja online que vendia produtos similares às ERBs. O dono do site foi multado em R$ 330 mil por comercializar equipamentos não homologados. A Anatel criou um grupo de trabalho para definir critérios de denúncia e analisar os aparelhos apreendidos, enquanto a polícia continua a investigar a organização criminosa por trás dos golpes.
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