01 de jun 2025
Aumentam os sequestros na Colômbia com novas táticas de grupos armados
Crescem os sequestros na Colômbia, com destaque para o caso de um menino libertado após pagamento de quase um milhão de dólares.
Um soldado abraça a sua esposa após ser liberado pelas disidências das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), depois de ter estado sequestrado, em Tacueyó, Cauca. (Foto: Andres Quintero/AP)
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Colômbia enfrenta aumento alarmante de sequestros
O sequestro de um menino em Jamundí, na Colômbia, gerou grande preocupação no país. O garoto foi levado por cinco homens armados em sua casa e libertado após a família pagar quase um milhão de dólares. O crime, registrado por câmeras de segurança, reacendeu o medo em uma nação que viu os sequestros diminuírem após o acordo de paz com as FARC em 2016.
Dados da Polícia Nacional indicam que os casos de sequestro triplicaram desde 2019, com 338 ocorrências em 2023 e 279 em 2024. Entre janeiro e abril de 2025, foram mais de 131 casos, a maior cifra em quase 15 anos. O mês de março de 2025 registrou 62 sequestros, o maior número desde 2010.
Dinâmicas de Grupos Armados
Andrés Preciado, diretor da Fundação Ideas para a Paz (FIP), aponta que o aumento se deve ao fortalecimento de grupos armados, que utilizam o sequestro como uma estratégia de controle territorial. A disputa por áreas estratégicas, como Catatumbo, intensificou a violência. Em regiões com conflitos entre grupos, como Norte de Santander, as taxas de sequestro são alarmantes.
O especialista em segurança Juan Carlos Ruiz destaca que a política de paz do governo atual, que tenta negociar com múltiplos grupos, tem gerado confusão nas ações da força pública. A falta de diretrizes claras dificulta a resposta efetiva contra os sequestros, que agora ocorrem de forma mais rápida e com menos logística.
Novas Modalidades de Sequestro
As bandas criminosas têm adotado uma nova abordagem, realizando sequestros "exprés", que exigem menos tempo e planejamento. Em Jamundí, as vítimas são frequentemente raptadas em locais públicos, como condomínios e shoppings. A situação é crítica, com relatos de que a libertação do menino foi resultado de uma negociação privada, sem a intervenção das autoridades.
A fragilidade da estratégia de segurança do governo é evidente, e especialistas alertam que, se não forem tomadas medidas urgentes, os sequestros podem continuar a aumentar. O fortalecimento de unidades especializadas, como o Gaula, é considerado essencial para combater essa onda de violência.
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