04 de jun 2025
Identificada mãe de bebê abandonado em caso que chocou o Texas há quase 20 anos
Genealogia genética forense identifica mãe de bebê abandonado em 2004 no Texas, levantando questões sobre abandono e justiça.
Técnica de DNA identifica mães que abandonaram recém-nascidos encontrados mortos nos EUA. (Foto: The New York Times)
Ouvir a notícia:
Identificada mãe de bebê abandonado em caso que chocou o Texas há quase 20 anos
Ouvir a notícia
Identificada mãe de bebê abandonado em caso que chocou o Texas há quase 20 anos - Identificada mãe de bebê abandonado em caso que chocou o Texas há quase 20 anos
Em setembro de 2004, um fazendeiro do Texas encontrou o corpo de uma recém-nascida abandonada, dando início a uma investigação que durou quase duas décadas. Em 2023, Maricela Frausto, de 45 anos, foi identificada como a mãe da bebê por meio de genealogia genética forense e presa por homicídio.
O corpo da recém-nascida foi encontrado ao lado de uma cerca, ainda com o cordão umbilical. O investigador Wayne Springer, que atuou no caso, coletou amostras de saliva de diversas pessoas na esperança de encontrar uma correspondência de DNA. Após anos sem respostas, a tecnologia de genealogia genética forense possibilitou a identificação de Maricela, que é mãe de dois filhos e proprietária de um restaurante em Hondo.
A técnica, que utiliza dados de DNA de doadores voluntários para construir árvores genealógicas, tem sido aplicada em casos de abandono de recém-nascidos, conhecidos como “Baby Doe”. Desde 2019, quase quarenta mulheres foram identificadas como mães de bebês encontrados mortos nos Estados Unidos. A professora de ética médica Christi Guerrini destacou que, enquanto a identificação ajuda a resolver casos antigos, as consequências para as mulheres envolvidas podem ser devastadoras.
Maricela, que alegou não saber que estava grávida, foi acusada de homicídio qualificado. A defesa argumentou que o bebê poderia ter nascido morto, e o médico legista usou um teste criticado para concluir que a criança nasceu viva. O promotor assistente Christian Neumann expressou dúvidas sobre a solidez das provas forenses e ofereceu um acordo: Maricela se declararia culpada de homicídio culposo, com pena de dezoito anos de prisão, podendo solicitar liberdade condicional em breve.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.