26 de jun 2025




Morre Clark Olofsson, o criminoso que inspirou a síndrome de Estocolmo
Clark Olofsson, figura central do assalto que gerou a "síndrome de Estocolmo", faleceu aos 78 anos após longa vida criminal.

Imagem do sequestro, com a refém Kristin Enmark ao centro da foto (Foto: AFP)
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Clark Olofsson, o notório criminoso sueco que se tornou conhecido pelo assalto a banco que originou o termo "síndrome de Estocolmo", faleceu aos 78 anos em um hospital na Suécia. A informação foi confirmada pela família, que não divulgou detalhes sobre a causa da morte.
Olofsson ganhou notoriedade em 1973, quando participou de um assalto a uma agência do Sveriges Kreditbanken em Estocolmo. Durante o cerco de seis dias, ele e seu cúmplice, Jan-Erik Olsson, mantiveram quatro reféns, que acabaram desenvolvendo empatia pelos sequestradores. Esse comportamento peculiar levou à criação do termo "síndrome de Estocolmo", que descreve a afeição que algumas vítimas podem sentir por seus captores.
Olofsson passou a maior parte da vida na prisão, acumulando condenações por diversos crimes, incluindo tentativa de homicídio e tráfico de drogas. Mesmo encarcerado, ele se formou em jornalismo pela Universidade de Estocolmo em 1983. Sua última libertação ocorreu em 2018, após cumprir pena na Bélgica.
O Assalto que Mudou a História
O assalto de agosto de 1973 foi um marco na história criminal sueca. Olsson, armado e sob efeito de drogas, fez exigências, incluindo a libertação de Olofsson da prisão. A polícia atendeu ao pedido, e Olofsson se tornou o negociador, acalmando a situação.
Os reféns, incluindo Kristin Enmark, passaram a ver Olofsson como um salvador, defendendo-o em entrevistas posteriores. Enmark, que tinha apenas 23 anos na época, descreveu a confiança que sentia em Olofsson, afirmando que temia mais pela segurança dos sequestradores do que pela própria vida.
O cerco terminou com a intervenção da polícia, que usou gás lacrimogêneo para desarmar os sequestradores. Olofsson e Olsson foram condenados, mas o impacto do caso na psicologia e na criminologia perdura até hoje. O legado de Olofsson continua a ser debatido, especialmente em relação à complexidade das relações entre vítimas e agressores.
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