FBI realiza prisões e investigações em 16 estados contra esquema de trabalhadores norte-coreanos

Um homem de Nova Jersey foi preso em uma operação que desmantelou uma rede de trabalhadores de TI norte-coreanos. A ação, realizada pelas autoridades dos EUA, revelou que esses trabalhadores utilizavam "fazendas de laptops" para acessar informações sensíveis de mais de 100 empresas.

De acordo com o Departamento de Justiça, os trabalhadores de tecnologia da Coreia do Norte, com auxílio de pessoas nos EUA e em outros países, foram contratados por diversas empresas americanas. Em um dos casos, os norte-coreanos conseguiram roubar tecnologia militar controlada e, em outro, desviaram cerca de 740 mil dólares de uma empresa de tecnologia na Geórgia.

As investigações apontam que essa é apenas uma parte das tentativas da Coreia do Norte de arrecadar fundos para seu regime sancionado. O FBI destaca que americanos têm desempenhado papéis cruciais nessas atividades. No ano passado, uma mulher do Arizona foi acusada de comprometer as identidades de 60 cidadãos americanos, afetando 300 empresas nos EUA, incluindo uma grande rede de TV e uma renomada empresa de tecnologia do Vale do Silício.

Operação e Detalhes

Os promotores alegam que vários indivíduos nos EUA, incluindo o homem de Nova Jersey, operavam fazendas de laptops. Eles logavam em computadores de empresas para que trabalhadores estrangeiros pudessem se passar por residentes americanos. Isso permitiu que os trabalhadores obtivessem informações confidenciais dos servidores das empresas.

Entre as empresas afetadas, está um contratante de defesa da Califórnia, especializado em tecnologias e equipamentos de inteligência artificial. Além disso, seis cidadãos chineses e dois taiwaneses também foram acusados, mas permanecem foragidos.

Em outro caso, quatro norte-coreanos conspiraram para roubar mais de 900 mil dólares em criptomoedas de uma empresa dos EUA e outra da Sérvia, lavando o dinheiro através de contas estrangeiras. Esses indivíduos também estão foragidos.

Nos últimos anos, trabalhadores norte-coreanos têm utilizado identidades fraudulentas para se infiltrar em empresas americanas, muitas vezes sem que os empregadores percebam. Uma investigação anterior revelou que um fundador de uma startup de criptomoedas na Califórnia pagou inadvertidamente tensões de milhares de dólares a um engenheiro norte-coreano, sem saber da origem do trabalhador.