30 de jun 2025

Vídeo de assédio sexual gera revolta e protestos em Bangladesh
Protestos eclodem no Bangladesh após vídeo de assalto sexual; governo promete investigação rigorosa e punições severas aos envolvidos.

O incidente é o mais recente em uma série de casos de violência contra as mulheres (Foto: Getty Images)
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Um vídeo de uma mulher sendo sexualmente assaltada gerou uma onda de protestos em todo o Bangladesh, após sua divulgação nas redes sociais. O incidente ocorreu na última quinta-feira, na casa do pai da vítima, localizada no distrito de Cumilla. A mulher, que pertence à comunidade hindu, relatou que foi atacada por um vizinho que invadiu sua residência.
As autoridades prenderam cinco pessoas, incluindo o suposto agressor, identificado como Fazor Ali, de 36 anos. Ele foi hospitalizado após ser agredido por membros da comunidade na noite do crime. Os outros quatro detidos são acusados de filmar e compartilhar o vídeo do ataque, o que gerou indignação entre grupos de direitos humanos.
Reação da Sociedade
Após a divulgação do vídeo, manifestações ocorreram em várias cidades, com ativistas exigindo punições severas para os envolvidos. A organização Ain O Salish Kendra afirmou que a segurança das mulheres está em risco, destacando que "se uma mulher não está segura em sua própria casa, isso representa uma falha grave do Estado".
O governo prometeu tratar o caso com máxima seriedade. O conselheiro jurídico do país, Asif Nazrul, declarou que a ação rápida das autoridades reflete a gravidade do crime. Ele enfatizou que todos os envolvidos na disseminação do vídeo também enfrentariam consequências legais.
Contexto de Violência de Gênero
Este caso se insere em um contexto mais amplo de violência de gênero no Bangladesh, onde a impunidade para agressores é uma preocupação constante. Em um incidente anterior, a morte de uma criança de oito anos após um ataque sexual provocou protestos massivos, com a população clamando por reformas nas leis de proteção a mulheres e crianças.
Organizações de direitos humanos pedem uma investigação rápida e eficaz, além de uma revisão das definições legais sobre o que constitui o crime de estupro no país. A pressão da sociedade civil continua a crescer, exigindo que o governo tome medidas concretas para garantir a segurança das mulheres.
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