02 de jul 2025

Ex-chefes da Ubisoft são condenados por assédio no ambiente de trabalho na França
Três ex executivos da Ubisoft foram condenados por assédio sexual e psicológico, com penas de até três anos e multas que somam € 85 mil.

Thomas Francois, ex-vice-presidente editorial, foi condenado (Foto: AFP)
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Um tribunal francês condenou três ex-executivos da Ubisoft por assédio sexual e psicológico, resultando em penas de prisão suspensas. Thomas Francois, ex-vice-presidente editorial, recebeu a pena mais severa de três anos por tentativa de agressão sexual e comportamentos inaceitáveis.
Durante o julgamento, o tribunal ouviu relatos de que Francois forçou uma funcionária a ficar de cabeça para baixo enquanto usava saia e cumprimentava colegas com nomes inapropriados. Ele também tentou tocar os genitais de pessoas como parte de um "jogo" e tentou beijar funcionários homens sem aviso. Francois alegou que não tinha perspectiva sobre suas ações entre 2012 e 2020, afirmando que acreditava estar tratando as pessoas com respeito.
Condenações e Multas
O ex-diretor de criação Serge Hascoet foi condenado a 18 meses de prisão suspensa por assédio psicológico e cumplicidade em assédio sexual. Hascoet afirmou ao tribunal que não tinha conhecimento do assédio que ocorria fora de seu escritório, mas admitiu ter solicitado tarefas pessoais a assistentes, justificando como algo comum em filmes.
O terceiro réu, Guillaume Patrux, ex-diretor de jogos, recebeu uma pena suspensa de 12 meses por assédio em menor escala. O tribunal impôs multas significativas: 30.000 euros para Francois, 45.000 euros para Hascoet e 10.000 euros para Patrux. Os advogados de defesa argumentaram que seus clientes nunca receberam advertências disciplinares do departamento de recursos humanos.
Contexto e Consequências
As investigações na Ubisoft começaram após a divulgação de alegações de assédio, resultando em críticas à cultura corporativa da indústria de jogos na França. Francois, Hascoet e Patrux deixaram a empresa em 2020, após as investigações internas. A condenação dos ex-executivos marca um passo significativo na luta contra o assédio no setor.
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