Filho de motorista é preso por agredir passageira na zona sul

São Paulo enfrenta onda de vandalismo contra ônibus

A cidade de São Paulo está lidando com uma onda de vandalismo que já resultou em mais de 260 ocorrências de ataques a ônibus, com foco na zona sul. O último incidente, ocorrido na Avenida Washington Luís, envolveu Everton de Paiva Balbino, filho de um motorista de ônibus, que foi preso após atirar uma pedra em um coletivo, ferindo gravemente uma passageira.

A prisão de Everton, realizada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) nesta terça-feira, 7, ocorreu após investigações que indicam que os ataques podem estar relacionados a disputas entre empresas de ônibus. A polícia ainda não confirmou se o pai do suspeito tem envolvimento nas ações de vandalismo. O ataque na zona sul foi um dos mais violentos, resultando em ferimentos no rosto da vítima, que foi hospitalizada.

Motivações e investigações

As investigações apontam que a rivalidade entre empresas de ônibus pode ser uma das motivações por trás dos ataques. Em janeiro, a Prefeitura de São Paulo proibiu a operação de linhas de ônibus por parte das empresas UPBus e Transwolff, o que pode ter intensificado a tensão no setor. Além disso, a polícia investiga outras possíveis causas, como desafios na internet e a coordenação de facções criminosas, embora essas hipóteses ainda não tenham sido confirmadas.

Os dados da SPTrans mostram que cerca de 60% dos atos de vandalismo estão concentrados na zona sul, especialmente nas avenidas Cupecê, Washington Luís e Vereador João de Luca. A Secretaria da Segurança Pública já iniciou um reforço no policiamento em corredores, garagens e terminais de ônibus, em resposta à crescente preocupação com a segurança dos passageiros e trabalhadores do transporte público.

Prisão de suspeitos

Além da prisão de Everton, a polícia já deteve outros suspeitos envolvidos em ataques a ônibus. Na última sexta-feira, 4, um adolescente foi apreendido em Cotia, e no sábado, 5, dois homens foram presos em flagrante por vandalizar coletivos em Pirituba e Santo Amaro. A situação continua a ser monitorada pelas autoridades, que buscam garantir a segurança no transporte público da capital paulista.