Nasa enfrenta crise severa após cortes orçamentários, alerta astrofísica brasileira
Duilia de Mello alerta sobre os impactos dos cortes orçamentários na ciência e na diversidade em projetos da NASA nos Estados Unidos

Helicóptero da Nasa segue em direção ao Kennedy Space Center, em Cabo Canaveral, Flórida, em 31 de julho (Foto: CHANDAN KHANNA / AFP)
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Duilia de Mello, astrofísica brasileira e vice-reitora da Universidade Católica da América, expressa preocupação com os cortes de financiamento à ciência nos Estados Unidos sob o governo Trump. A cientista, reconhecida por suas descobertas com o Telescópio Hubble, alerta que esses cortes afetam universidades e agências como a NASA, comprometendo o futuro de projetos científicos.
Em entrevista ao GLOBO, Duilia destacou que a falta de apoio a estudantes internacionais é um dos impactos mais visíveis. Este ano, a universidade concedeu apenas 52 vistos para estudantes estrangeiros, uma queda significativa em relação aos 150 vistos do ano anterior. A situação na NASA também é alarmante, com cortes de até 80% em alguns projetos e a saída de cerca de 4 mil funcionários devido a um programa de aposentadoria acelerada.
Duilia, que participará da Rio Innovation Week, enfatiza a importância da colaboração na ciência moderna, facilitada pela internet. No entanto, ela observa que a democratização do conhecimento traz desafios, como a sobrecarga de informações. A astrofísica também se mostra intrigada com os limites do conhecimento científico, especialmente em relação à matéria e energia escuras, que constituem a maior parte do universo, mas permanecem pouco compreendidas.
Sobre as futuras missões da NASA, Duilia acredita que a missão Roman Space Telescope está segura, mas expressa pessimismo em relação a outras, como a Artemis, que visa enviar a primeira mulher e o primeiro negro à Lua. A cientista critica a falta de diversidade nas decisões governamentais, que podem comprometer o avanço da exploração espacial.
Duilia de Mello conclui que a visibilidade das cientistas brasileiras ainda é um desafio, e defende que a ciência deve ser um tema presente no cotidiano da sociedade, desde escolas até espaços públicos. Para ela, é essencial inspirar as novas gerações, especialmente meninas, a se dedicarem à ciência e a não desistirem diante das dificuldades.
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