- O Luna Oyster Project, parceria entre Norfolk Seaweed e Oyster Heaven, mira reconstruir quatro milhões de ostra no Mar do Norte usando pela primeira vez blocos de “mãe de recife” (mother reef bricks).
- Os recifes de barro queimados foram instalados a cerca de duas milhas da costa; em abril, milhões de ostrazenhos de Morecambe Bay serão realojados para formar recifes naturais ao longo da costa inglesa.
- A licença levou mais de três anos e custou várias centenas de milhares de libras; os autores reconhecem a complexidade regulatória, semelhante à de plataformas de petróleo e gás.
- A iniciativa envolve a participação de ecólogos locais, gerentes de projeto e equipes, promovendo empregos e habilidades relacionadas à pesca de ostra e marisco.
- As ostras não são para consumo, mas a restauração busca reverberar na biodiversidade marinha, estabilizar costas e criar ecossistemas mais ricos, com apoio financeiro de Purina.
Através da costa de Norfolk, na Inglaterra, está em curso a maior restauração de recifes de ostra natural da Europa. O Luna Oyster Project busca devolver 4 milhões de ostras ao Mar do Norte, por meio da implantação em massa de tijolos de recife-mãe, estruturas de cerâmica queimadas que oferecem suporte ao retorno dos moluscos.
A iniciativa reúne a Norfolk Seaweed e a Oyster Heaven, com apoio local e participação de moradores da região. As primeiras estruturas já foram instaladas a 3,2 quilômetros da linha de costa, em alta mar, preparando a nidificação de novos recifes.
O que está em jogo
Em abril, milhões de ostras jovens provenientes de Morecambe Bay devem ser realocadas em seus esconderijos, para formar recifes naturais ao longo da costa leste da Inglaterra. A estratégia visa restaurar ecossistemas marinhos e ampliar a biodiversidade da região.
Quem está envolvido
A liderança do projeto fica com Allie Wharf, que já atuou como produtora de televisão em zonas de conflito, e o parceiro de vida, Willie Athill. George Birch, representante da Oyster Heaven, destaca a complexidade regulatória e a necessidade de licenças, que demoraram mais de três anos para aprovação.
Por que é necessário
A restauração busca reconstruir habitats historicamente devastados por arrasto de fundo e atividades humanas. O objetivo é reequilibrar a filtragem da água, estabilizar margens e promover a vida marinha ao longo de uma área que historicamente concentrou recifes de ostra.
Como funciona a iniciativa
Os recifes são erguidos com tijolos de cerâmica, que servem de suporte para as ostras se fixarem. As equipes acompanham o desenvolvimento das populações, cuidando das ostras como se fossem jovens recém-nascidos, com monitoramento contínuo de condições ambientais.
Financiamento e impacto local
A maior parte dos recursos vem de uma empresa de alimentação para animais, que vê a restauração como forma de assegurar resiliência da cadeia de suprimentos. O projeto envolve ecólogos, gerentes de projeto e trabalhadores locais, retomando saberes ligados à aquicultura de ostra e de mexilhão.
Perspectivas para o litoral
Especialistas afirmam que as ostras funcionam como filtros biológicos, limpando a água e contribuindo para a estabilidade de áreas costeiras. Um recife vivo pode transformar o fundo marinho, promovendo comunidades de peixes, crustáceos e microrganismos.
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