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La Niña chega à América Latina e Caribe com impactos climáticos significativos

A La Niña fraca já está presente e deve persistir até abril de 2025. O fenômeno traz chuvas em regiões do norte e secas no sul da América do Sul. Meteorologistas alertam para a possibilidade de uma temporada de furacões ativa. Apesar do resfriamento, o aquecimento global continua a impactar as temperaturas. Preparação é essencial, pois eventos climáticos extremos se tornam mais frequentes.

"O rio Santa Lucía durante uma seca no reservatório de Paso Severino em Florida, Uruguai, julho de 2023. (Foto: Matilde Campodonico/AP)"

"O rio Santa Lucía durante uma seca no reservatório de Paso Severino em Florida, Uruguai, julho de 2023. (Foto: Matilde Campodonico/AP)"

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La Niña, fenômeno que provoca o resfriamento do Oceano Pacífico, foi oficialmente identificado em janeiro de 2024, com previsão de persistir até abril. As agências meteorológicas internacionais indicam uma probabilidade de 59% de que esse fenômeno se mantenha fraco e evolua para condições neutras em maio, com 60% de chance. La Niña, que alterna com El Niño, tende a durar mais, enquanto El Niño, que predominou entre meados de 2023 e início de 2024, é caracterizado por temperaturas oceânicas mais elevadas.

De acordo com Barbara Tapia Cortés, da Organização Meteorológica Mundial (WMO), La Niña geralmente traz chuvas intensas para a América Central e o norte da América do Sul, enquanto o centro e o sul do continente enfrentam secas. O especialista cubano em furacões, José Rubiera, complementa que, apesar de temperaturas moderadas, podem ocorrer secas em regiões como o sul da Califórnia, partes da América Central, Equador, Peru e Chile central. Por outro lado, a chuva deve ser mais frequente no sudeste e centro do México, Colômbia e Caribe.

Embora La Niña possa moderar ligeiramente as temperaturas, Rubiera ressalta que isso não impedirá que 2025 seja um dos anos mais quentes da história, já que 2024 foi o primeiro a registrar 1,5 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais. A dinâmica do oceano é lenta, e a atual resfriamento não é forte o suficiente para alterar a tendência de aquecimento global. As previsões indicam que, ao início da temporada de furacões, tanto no Pacífico quanto no Atlântico, La Niña pode estar se dissipando ou já em condições neutras, mas isso não exclui a possibilidade de uma temporada de furacões mais ativa.

Tapia e Rubiera destacam que, apesar do resfriamento temporário do Pacífico, as águas ainda estão quentes, o que favorece a formação de furacões. Durante La Niña, as condições são mais propícias para a formação de ciclones, pois a ausência de ventos fortes permite que a estrutura necessária para o desenvolvimento dos furacões se mantenha. Ambos os especialistas alertam para a necessidade de preparação diante de eventos climáticos extremos, que se tornam cada vez mais frequentes e prejudiciais à população, enfatizando a importância de sistemas de alerta eficientes para evitar tragédias.

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