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Vacina contra metano de vacas promete reduzir emissões e combater mudanças climáticas

O Pirbright Institute lidera um estudo de três anos para vacinar vacas contra metano. A vacina pode reduzir em pelo menos 30% as emissões de metano das vacas. O projeto conta com $9,4 milhões do Bezos Earth Fund para pesquisa e desenvolvimento. Desafios incluem aceitação pública e eficácia da vacina no rúmen das vacas. A desinformação sobre aditivos alimentares pode dificultar a aceitação da vacina.

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A capacidade das vacas de se sustentar apenas com grama é notável, mas gera um custo ambiental significativo. Durante a fermentação do capim no rúmen, um dos quatro compartimentos do estômago do animal, é produzido metano, um gás de efeito estufa 28 vezes mais potente que o CO2. Em média, uma única vaca pode emitir cerca de 90 quilos de metano por ano, contribuindo para aproximadamente 30% do aquecimento global. Embora algumas fazendas utilizem aditivos alimentares para reduzir essa emissão, esses métodos apresentam desvantagens, como eficácia variável e necessidade de fornecimento constante.

Uma alternativa em estudo é a criação de uma vacina, liderada pelo Pirbright Institute no Reino Unido, que visa reduzir a produção de metano nas vacas. O projeto, que conta com US$ 9,4 milhões do Bezos Earth Fund, busca desenvolver uma vacina que poderia ser administrada em uma única dose, com o objetivo de reduzir as emissões em pelo menos 30%. John Hammond, diretor de pesquisa do instituto, destaca que a familiaridade com vacinas pode facilitar a aceitação dessa solução.

Apesar do potencial, o desenvolvimento da vacina enfrenta desafios, como a complexidade de criar anticorpos que atuem no rúmen e a preocupação com o bem-estar animal. Embora se espere que a vacina não afete a saúde das vacas, ainda não há comprovação. Além disso, a vacina poderia exigir mais ração, aumentando os custos para os agricultores. O estudo visa responder a essas questões e criar um “prova de conceito” para um futuro medicamento.

A aceitação do público é uma preocupação, especialmente após controvérsias envolvendo aditivos alimentares, como o Bovaer, que gerou desinformação sobre resíduos tóxicos no leite. Joseph McFadden, professor da Cornell University, ressalta que, embora a vacina represente uma solução promissora, é apenas uma das várias abordagens, incluindo edição genética e aditivos alimentares. A comunicação clara e objetiva será essencial para lidar com a desinformação e garantir a aceitação do consumidor, conforme enfatiza Dirk Werling, professor do Royal Veterinary College.

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