08 de fev 2025
Ação climática em 2025: desafios e compromissos cruciais para o futuro do planeta
A posse de Donald Trump intensifica a crise climática global e reverte compromissos. Em 2024, a temperatura global superou 1,5 °C, um marco crítico alarmante. O Acuerdo de París completa 10 anos e exige compromissos climáticos até 2025. Países do G20, responsáveis por 78% das emissões, devem apresentar ações transformadoras. Brasil se destaca com compromisso ambicioso, enquanto México precisa de ações concretas.
"O incêndio de Palisades devasta um bairro em Los Angeles, em 7 de janeiro. (Foto: Ethan Swope/AP/LaPresse)"
Ouvir a notícia:
Ação climática em 2025: desafios e compromissos cruciais para o futuro do planeta
Ouvir a notícia
Ação climática em 2025: desafios e compromissos cruciais para o futuro do planeta - Ação climática em 2025: desafios e compromissos cruciais para o futuro do planeta
Em um cenário global marcado por guerras e crises ambientais, a recente posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos e o retrocesso em compromissos climáticos, como a saída do Acordo de Paris, levantam preocupações sobre a agenda climática de 2024. A inadequação das ações climáticas e a falta de liderança dos países desenvolvidos colocam a humanidade à beira de um colapso ambiental, afetando todos os países, independentemente de sua posição econômica ou geopolítica. Os incêndios devastadores em Hollywood, com perdas estimadas em 50 bilhões de dólares, exemplificam a gravidade da situação.
O ano de 2024 foi o mais quente já registrado, com a temperatura global superando o limite crítico de 1,5 °C. Apesar disso, há uma esperança de mudança, especialmente com o décimo aniversário do Acordo de Paris. Embora a ação climática global ainda esteja aquém do necessário, a situação era ainda mais crítica antes do acordo, quando as projeções indicavam um futuro com aumentos de temperatura superiores a 4 °C até o final do século. A importância de cada grau de aumento é significativa, pois os impactos globais são exponencialmente maiores.
Em 2025, todos os governos devem apresentar compromissos de ação climática, conhecidos como NDC (Contribuições Nacionalmente Determinadas), visando reduzir as emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 43% até 2030 e 60% até 2035. Embora 195 países tenham ratificado o Acordo, a efetividade desses compromissos varia, com os países do G20, que representam 78% das emissões globais, sendo cruciais para mudanças significativas. Compromissos que não incluam transformações estruturais em suas economias e sistemas de produção serão insuficientes.
América Latina, com exceção de México e Brasil, não é um dos principais emissores. O Brasil já se comprometeu a metas ambiciosas e se posiciona como líder na próxima cúpula climática, a COP30. O México, por sua vez, precisa apresentar um compromisso que vá além das limitações da administração anterior, que priorizou a indústria de combustíveis fósseis. Este é um momento crucial para estabelecer as bases da justiça social e climática, e a implementação desses compromissos será vital para o futuro das próximas gerações.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.