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Aquecimento global pressiona COP30 a buscar soluções urgentes em Belém

O ano de 2024 foi o mais quente da história, com temperaturas extremas no Brasil. Mais de 6 milhões de brasileiros enfrentaram calor acima de 40°C por cinco meses. A temperatura média global superou 1,5 °C acima dos níveis pré industriais em 2024. A COP 30 em Belém será crucial para discutir ações climáticas e financiamento. A ausência de apoio financeiro dos EUA pode beneficiar a China na disputa global.

Calorão: passageiros aproveitam a sombra do poste no Centro do Rio (Foto: Márcia Foletto/13-02-2025)

Calorão: passageiros aproveitam a sombra do poste no Centro do Rio (Foto: Márcia Foletto/13-02-2025)

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Os últimos dez anos foram os mais quentes já registrados na Terra, com 2024 se destacando como o ano em que as temperaturas atingiram níveis recordes. Um levantamento revelou que pelo menos 6 milhões de brasileiros enfrentaram calor extremo por cinco meses, com termômetros acima de 40°C. No Brasil, 111 cidades experimentaram mais de cinco meses de calor intenso, e todos os 5.570 municípios registraram pelo menos um dia de altas temperaturas. A média global em 2024 superou em 1,5 °C o nível pré-industrial, enquanto no Brasil o aumento foi de 1,8 °C.

Em 18 dos últimos 19 meses, as temperaturas ultrapassaram o limite de 1,5 °C, meta estipulada no Acordo de Paris. O fenômeno La Niña, que normalmente resfria as águas do Oceano Pacífico, não conseguiu mitigar o calor global. Janeiro de 2024 foi o mês mais quente da história, com temperaturas 1,75 °C acima do período pré-industrial. Especialistas afirmam que é improvável cumprir os objetivos do Acordo de Paris, exigindo não apenas a redução das emissões de gases de efeito estufa, mas também investimentos para mitigar os danos das mudanças climáticas.

A pressão aumenta para que a comunidade internacional transfira recursos aos países em desenvolvimento, que enfrentam os impactos do aquecimento. A COP 30, marcada para novembro em Belém, no Pará, reunirá cientistas, autoridades e representantes de ONGs para discutir essas questões. A presença de Donald Trump na Casa Branca, um conhecido negacionista climático, levanta preocupações sobre a falta de apoio financeiro dos Estados Unidos, que é o segundo maior emissor de carbono do mundo.

Na COP29, realizada no Azerbaijão, foi apresentada uma conta de US$ 1,3 trilhão até 2035, mas a conferência terminou com a promessa de apenas US$ 300 bilhões. O encontro em Belém será crucial para discutir esses compromissos financeiros, especialmente com a possibilidade de a China aumentar sua influência em um cenário de omissão dos Estados Unidos. A situação exige que a Casa Branca reavalie sua postura, pois a COP 30 é vista como uma oportunidade chave para evitar os piores efeitos das mudanças climáticas.

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