27 de fev 2025
Rio de Janeiro registra fevereiro com apenas 0,6 mm de chuva, o mais seco da história
Fevereiro de 2023 registra apenas 0,6 mm de chuva, o menor índice desde 1997. O volume é 205 vezes inferior à média histórica de 123,3 mm para o mês. Anticiclone estacionário bloqueia frentes frias, resultando em seca extrema. Nuvens de chuva se dissipam antes de atingir a capital, afetando a vegetação. Carnaval ocorrerá sem chuvas, com previsão de março também abaixo da média.
Incêndio na encosta do Cristo Redentor: vegetação esturricada por verão sem chuvas (Foto: Ernesto Neves/VEJA)
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Fevereiro de 2024 deve ser registrado como o mês mais seco da história do Rio de Janeiro, com uma média de apenas 0,6 mm de chuva, conforme dados do Alerta Rio. Este volume é mais de 200 vezes inferior à média histórica de 123,3 mm para o mês. É a primeira vez que a cidade registra menos de 1 mm de precipitação desde o início da série histórica em 1997. Para comparação, o deserto do Saara teve 22 mm de chuva e o Atacama, 2 mm.
As ondas de calor que afetam o Brasil neste verão, especialmente no Sudeste, têm dificultado a formação de chuvas. No Rio, a situação é ainda mais crítica, com a cidade parecendo estar sob uma cúpula atmosférica permanente. Enquanto municípios vizinhos registraram chuvas isoladas, a capital não teve precipitação significativa. Dados da AtmosMarine indicam que bairros como Jardim Botânico, Copacabana, Tijuca e Barra da Tijuca não receberam nenhuma chuva em fevereiro.
A escassez de chuvas no Rio é atribuída a um anticiclone estacionário que impede a chegada de frentes frias. Além disso, especialistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) notaram que nuvens carregadas se dissipam antes de chegar à cidade. A interação entre a ilha de calor urbana e a geografia do Rio pode ser um fator contribuinte, embora isso ainda precise ser investigado.
A falta de chuvas tem impactos diretos na vegetação local, com a Floresta da Tijuca e os parques da cidade apresentando solo seco. O abastecimento de água, no entanto, é garantido pelo Sistema Guandu. Meteorologistas não conseguem prever quando a chuva retornará, e a expectativa para a primeira quinzena de março é de precipitação abaixo da média. O Carnaval de 2024 ocorrerá sob essas condições secas, refletindo um cenário climático preocupante para o estado.
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