12 de mar 2025
Maior peixe-leão do mundo é capturado em Fernando de Noronha e ameaça ecossistema
Mergulhadores capturaram o maior peixe leão do mundo em Noronha, com 49 cm. A operação em 27 de fevereiro resultou em 61 exemplares da espécie invasora. Peixe leão, nativo da Indonésia, ameaça ecossistemas por falta de predadores. Espécie reproduz rapidamente, com até 30 mil ovos, facilitando sua expansão. Espinhos venenosos do peixe causam riscos à saúde humana, como dor intensa.
Peixe-leão de 49 centímetros capturado em Fernando de Noronha é considerado o maior do mundo, segundo os mergulhadores envolvidos na operação (Foto: Reprodução/Instagram/@seaparadisefn)
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Mergulhadores no arquipélago de Fernando de Noronha capturaram o que acreditam ser o maior peixe-leão do mundo, medindo 49 centímetros. A operação, realizada em 27 de fevereiro, resultou na captura de mais 61 indivíduos da mesma espécie, que é considerada uma ameaça ao ecossistema brasileiro. O peixe-leão, da espécie Pterois volitans, não possui predadores naturais no Oceano Atlântico e pode consumir até 20 peixes em 30 minutos, contribuindo para o desequilíbrio ecológico.
Originários da Indonésia, os peixes-leão foram introduzidos na Flórida e se espalharam pelo Caribe, chegando ao Brasil em 2014, no litoral do Rio de Janeiro. Com colorações que variam entre marrom, bege, branco e vermelho alaranjado, esses peixes possuem nadadeiras em formato de leque e espinhos venenosos que representam riscos à saúde humana, causando sintomas como dor intensa, febre e até convulsões.
A rápida reprodução da espécie, que pode gerar até 30 mil ovos de uma só vez, explica sua proliferação na costa brasileira, conforme dados do ICMBio. Em comparação, peixes-leão capturados anteriormente em dezembro variavam entre 10 e 45 centímetros. Desde 2020, a presença desses animais tem sido registrada em Noronha, com o primeiro avistamento ocorrendo a 28 metros de profundidade, próximo à Praia da Conceição.
Pesquisadores notaram que peixes-leão maiores estão sendo capturados, indicando que a espécie se estabeleceu na região e está se alimentando adequadamente para alcançar tamanhos reprodutivos. Em uma operação recorde no final do ano passado, 140 peixes foram capturados, evidenciando a expansão da espécie na costa brasileira.
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