Incêndios florestais devastam templo budista na Coreia do Sul e deixam 24 mortos

Um surto de incêndios florestais sem precedentes no sul da Coreia do Sul resultou na morte de pelo menos 24 pessoas e na destruição de mais de 200 estruturas, incluindo partes significativas do templo budista Gounsa, que remonta ao século VII. As chamas, alimentadas por ventos fortes e clima seco, forçaram a evacuação de cerca de 27 mil pessoas e devastaram a região, com o condado de Uiseong sendo o mais afetado.

O templo Gounsa, construído em 681 d.C., perdeu 20 de suas 30 edificações, incluindo duas estruturas consideradas tesouros nacionais: o Gaunru, um pavilhão de 1668, e o Yeonsujeon, erguido em 1904. Ambos eram protegidos pelo governo devido à sua importância histórica e artística. Um monge que viveu no templo expressou sua tristeza ao encontrar os locais reduzidos a cinzas, mas destacou que uma estátua de Buda, também considerada um tesouro, foi salva.

As autoridades relataram que os incêndios já consumiram 17.398 hectares de floresta, tornando-se um dos maiores desastres desse tipo na história do país. O presidente interino, Han Duck-soo, elevou o alerta de crise e mencionou que os incêndios estão superando as expectativas e modelos preditivos. O governo também tomou a medida de transferir detentos de prisões na região para garantir a segurança.

Os incêndios começaram no condado de Sancheong e se espalharam rapidamente, atingindo áreas próximas como Andong e Cheongsong. A maioria das vítimas era de residentes locais, incluindo bombeiros e um piloto de helicóptero que se acidentou durante as operações de combate ao fogo. As autoridades estão utilizando helicópteros e milhares de bombeiros para controlar as chamas, mas as operações aéreas foram suspensas após o acidente.