Devastadores incêndios florestais em South Korea ameaçam vidas e patrimônios históricos

Os maiores incêndios florestais da história da Coreia do Sul estão devastando a região sudeste do país, resultando na morte de 27 pessoas e deixando 32 feridos, alguns em estado grave. As chamas, que começaram em Sancheong há quase uma semana, foram atribuídas a atividades humanas acidentais, como o uso de isqueiros em locais de sepultamento e faíscas de soldagem. Até agora, mais de 35.810 hectares foram consumidos, uma área equivalente a metade da cidade de Nova York.

Os incêndios têm causado danos significativos a artefatos históricos, incluindo templos e estruturas culturais. O templo Gounsa, datado de 618 d.C., foi destruído, assim como um tesouro nacional da dinastia Joseon. As autoridades estão monitorando de perto os danos em locais da UNESCO, como Hahoe Village e Byeongsan Seowon, enquanto tentam proteger outros bens culturais.

A combinação de ventos fortes, solo seco e temperaturas acima da média sazonal tem alimentado as chamas. Especialistas apontam que a alta concentração de pinheiros na região intensifica os incêndios, já que a resina das árvores age como um combustível. O clima, que tem se tornado mais extremo devido às mudanças climáticas, também contribui para a gravidade da situação, com temperaturas que podem ter se tornado até cinco vezes mais prováveis devido ao aquecimento global.

Os esforços de combate ao fogo enfrentam desafios significativos, incluindo a dificuldade de evacuação de uma população idosa, que representa uma parte considerável das vítimas. O governo está mobilizando recursos para ajudar os afetados e garantir abrigos temporários, enquanto a comunidade local expressa sua dor e desespero diante da devastação.