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Enchentes no Rio Grande do Sul completam um ano e deixam marcas profundas na população

Defesa Civil é criticada por falta de comunicação durante enchentes no Rio Grande do Sul; iniciativa local em Barra do Ribeiro emite alertas.

População circula de barco sobre as enchentes (Foto: John Würdig/Arquivo pessoal)

População circula de barco sobre as enchentes (Foto: John Würdig/Arquivo pessoal)

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Em abril de 2024, o Rio Grande do Sul enfrentou enchentes severas que afetaram mais de 470 municípios. O município de Barra do Ribeiro foi um dos mais impactados, com relatos de danos significativos à população.

John Würdig, diretor de transição energética do Instituto Internacional Arayara, recorda o início das chuvas intensas em 29 de abril. Ele estava em Guaíba, onde notou o volume alarmante de água. No mesmo dia, sua família enfrentou dificuldades, com a necessidade de resgatar sua avó em meio à crise. Entre o final de abril e o início de maio, algumas cidades registraram entre 500 mm e 700 mm de chuva, o que representa um terço da média anual.

Barra do Ribeiro, localizado na bacia do lago Guaíba, sofre com enchentes tanto a montante quanto a jusante. A situação se agravou rapidamente, bloqueando acessos e afetando serviços essenciais, como o gás. Würdig destacou a falta de comunicação da Defesa Civil durante a crise, que se limitou a conduzir pessoas para ginásios, sem fornecer alertas ou informações sobre a situação.

Para suprir essa lacuna, Würdig fundou o Centro Climático e Ambiental de Barra do Ribeiro, que mobilizou mais de 50 voluntários para monitorar a situação e emitir alertas independentes. A iniciativa foi crucial para ajudar a população a se situar em meio ao caos. Tentativas de parceria com a prefeitura foram rejeitadas.

Um estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) mapeou cerca de 18 mil km² e identificou 16.862 movimentos de massa durante as enchentes. A lama resultante das inundações trouxe consequências duradouras para a região. Paulo Würdig, pai de John, utilizou seu barco de pesca para ajudar no resgate de pessoas e monitoramento das casas afetadas.

A situação ainda é crítica para muitos, com pessoas sem moradia até hoje. O Instituto Internacional Arayara, que atua na mitigação climática e ambiental, continua a promover ações de proteção a ativistas e a buscar soluções para os desafios enfrentados pela população.

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