07 de mai 2025
Prefeitura de São Paulo inicia remoção de mil imóveis no Jardim Pantanal para conter enchentes
Prefeitura de São Paulo planeja remover 4.344 imóveis no Jardim Pantanal até 2029 para conter enchentes, com investimento de R$ 700 milhões.
Rua Tietê, no Jardim Pantanal, na zona leste da capital, que sofre com os alagamentos constantes na região. (Foto: Danilo Verpa - 5.fev.25/Folhapress)
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Um total de 4.344 imóveis serão removidos do Jardim Pantanal, na zona leste de São Paulo, para a construção de um gabião, estrutura de contenção que visa prevenir enchentes na região. O anúncio foi feito pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) nesta quarta-feira, 7 de maio de 2025. As remoções ocorrerão em três fases até 2029, com um orçamento total de R$ 700 milhões.
A primeira fase começará em julho de 2025 e se estenderá até outubro de 2026, removendo mil imóveis. A segunda fase, que também prevê a remoção de mil casas, ocorrerá entre novembro de 2026 e junho de 2028. A última etapa, que abrange 2.344 imóveis, terá início em julho de 2028 e deverá ser concluída até dezembro de 2029. Após as remoções, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) implementará um projeto de microdrenagem e macrodrenagem na área.
Medidas de Contenção
O prefeito Nunes destacou que a obra de contenção ocupará uma área de 4,2 quilômetros e que uma inspetoria da Polícia Municipal Ambiental será instalada para coibir o descarte de materiais que possam obstruir o rio Tietê. O Jardim Pantanal, que ocupa a várzea do rio há mais de 40 anos, é frequentemente afetado por alagamentos, com episódios severos, como o de 2010, quando a região ficou alagada por mais de 40 dias.
Em janeiro deste ano, a área enfrentou novos transtornos, com ruas inundadas e veículos submersos. Nunes já havia afirmado que incentivaria a saída dos moradores, ressaltando que "toda vez que chover, vai acontecer isso". O prefeito também mencionou um pré-estudo para a construção de um dique, mas que custaria quase R$ 1 bilhão, inviabilizando a proposta.
Apoio às Famílias
As famílias afetadas receberão moradias custeadas pela prefeitura e pelo governo do estado, através da Cohab e da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU). Enquanto as novas moradias não forem garantidas, os moradores receberão auxílio-aluguel. O plano inicial da prefeitura era remover todos os moradores, mas a estratégia foi ajustada para focar nas áreas de maior risco, mais próximas do rio.
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