08 de mai 2025
Iceberg A-23A perde área rapidamente e se fragiliza em águas de Georgia do Sul
Iceberg A 23A, preso próximo à Georgia do Sul, perdeu 360 km² em dois meses e se fragiliza em águas mais quentes do Atlântico Sul.
Imagem do iceberg A-23A em 3 de maio (Foto: NASA EARTH OBSERVATORY)
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O iceberg A-23A, um dos maiores do mundo, está perdendo área rapidamente enquanto se aproxima da ilha Georgia do Sul. Desde março de 2025, o iceberg perdeu mais de 360 quilômetros quadrados, uma área equivalente ao dobro de Washington, D.C. O desprendimento de fragmentos, como o A-23C, indica sinais de fragilidade.
O A-23A se desprendeu da plataforma de gelo Filchner em 1986 e tem se movido em direção ao norte. Atualmente, está a menos de 100 quilômetros da Georgia do Sul, em águas mais quentes do Atlântico Sul. As imagens do satélite Aqua da NASA mostram que o iceberg permanece praticamente imóvel desde o início de março, mas sua superfície diminuiu significativamente.
Fragilidade e Desprendimentos
Os cientistas observam que o A-23A está se tornando cada vez mais frágil. O desgaste do seu bordo, causado por dias de clima quente e ondas, resulta em pequenos pedaços de gelo se desprendendo. Essa situação é comum entre icebergs, que podem se fragmentar em grandes pedaços ou desintegrar completamente.
Fragmentos de gelo estão dispersos ao redor do iceberg principal, criando uma cena que se assemelha a um céu estrelado. Embora pareçam pequenos, muitos desses fragmentos têm pelo menos um quilômetro de diâmetro e podem representar riscos para a navegação.
Destino Incerto
O futuro do A-23A é incerto. Mais de 90% dos icebergs da Antártida seguem uma trajetória semelhante, entrando na corrente do Giro de Weddell e derretendo ao longo do caminho. O A-23A, agora a quase 55 graus de latitude sul, está longe das águas frias que ajudaram a preservá-lo por décadas. A situação atual levanta preocupações sobre o impacto das mudanças climáticas na dinâmica dos icebergs na região.
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