26 de mai 2025
Brasil assume papel central na ação climática em meio a tensões geopolíticas globais
A corrida por tecnologias verdes e minerais estratégicos redefine alianças globais, enquanto o Brasil se destaca na liderança climática.
Foto: Reprodução
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O mundo enfrenta uma crise climática crescente, com tensões geopolíticas entre potências como os Estados Unidos e a China afetando os consensos internacionais sobre mudanças climáticas. Robert Muggah, especialista em segurança e ação climática, destaca que a corrida por tecnologias verdes e minerais estratégicos está remodelando alianças globais. O Brasil, em meio a desafios financeiros e políticos, assume um papel de liderança climática.
Muggah, que participa do II Fórum de Finanças Climáticas e de Natureza no Rio de Janeiro, afirma que as rivalidades entre grandes potências podem desestabilizar os esforços climáticos globais. As guerras na Ucrânia e em Gaza desviam recursos e atenção das mudanças climáticas, enquanto a crise avança de forma desigual, afetando os países mais vulneráveis.
O especialista observa que a transição verde é inevitável, apesar dos desafios. A corrida por minerais críticos, como lítio e cobalto, está moldando novas alianças. Os Estados Unidos buscam reduzir a dependência de cadeias de suprimento chinesas, enquanto a China investe em tecnologias verdes. Muggah ressalta que a instabilidade geopolítica pode impulsionar avanços climáticos, com a Europa acelerando investimentos em energia renovável.
O financiamento climático enfrenta um ponto de inflexão, com promessas de mobilização de recursos ainda insuficientes. A meta de US$ 100 bilhões anuais foi superada, mas a realidade é que muitos países em desenvolvimento carecem de apoio significativo. O retorno de Donald Trump e as tensões comerciais agravam a situação, dificultando o acesso a recursos para adaptação climática.
Muggah destaca que inovações tecnológicas, como soluções baseadas na natureza e microgrids solares, estão emergindo como respostas eficazes à crise climática. O Brasil, com seu potencial em energia renovável, pode se tornar uma superpotência verde, desde que alinhe segurança jurídica e incentivos ao setor privado.
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