31 de mai 2025
Huaraz busca justiça climática e responsabiliza empresa por desastres ambientais
Após a derrota judicial de Luciano Saúl Lliuya, tribunal alemão reconhece a responsabilidade das empresas nas mudanças climáticas.
Saúl Luciano Lliuya frente ao lago Palcacocha, em Huaraz, Peru, em 27 de maio de 2025. (Foto: Angela Ponce/REUTERS)
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Huaraz, no Peru, viveu um desastre em 1941 com o colapso da laguna glaciar Palcacocha, resultando na morte de cinco mil pessoas. O evento, conhecido como fenômeno GLOF (Glacial Lake Outburst Flood), gerou uma onda de rochas, água e gelo que devastou a cidade. Desde então, a região se comprometeu a lembrar desse risco climático.
Recentemente, Luciano Saúl Lliuya, um líder comunitário de Huaraz, processou a empresa alemã RWE por sua contribuição nas emissões de gases de efeito estufa. Apesar de perder o caso, o tribunal reconheceu a responsabilidade das empresas na crise climática. O processo foi baseado no artigo 1004 do Código Civil Alemão, que permite a um indivíduo solicitar medidas judiciais para proteger sua propriedade.
O tribunal, ao decidir em 28 de maio, afirmou que as emissões de gases de efeito estufa são uma causa reconhecida da crise climática. Embora Lliuya não tenha sido indenizado, a decisão destacou que as empresas, como a RWE, têm responsabilidades significativas. O percentual de emissões da RWE, cerca de 0,5%, é comparável a 300 milhões de automóveis em operação por dez anos.
A luta de Lliuya representa um passo importante na busca por justiça climática. O reconhecimento judicial da responsabilidade das empresas pode abrir novos caminhos para ações legais contra aqueles que contribuem para a crise climática. A memória do desastre de Huaraz e a determinação de Lliuya são fundamentais para a mobilização em torno da justiça ambiental.
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