20 de mai 2025

Quem paga a conta da crise climática?
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Justiça climática é essencial para enfrentar desigualdades e crises nas Américas

Justiça climática é urgente nas Américas: em 2023, 11 milhões foram afetados por desastres, com perdas de US$ 23 bilhões e 900 mortes.

A cidade de Eldorado do Sul (RS) inundada durante as chuvas de maio de 2024 (Foto: Carlos FABAL / AFP)

A cidade de Eldorado do Sul (RS) inundada durante as chuvas de maio de 2024 (Foto: Carlos FABAL / AFP)

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A crise climática nas Américas se agrava, com 11 milhões de pessoas afetadas por eventos extremos em 2023. Esses fenômenos resultaram em 900 mortes e prejuízos de US$ 23 bilhões, segundo o estudo “Inovações em justiça climática”, da Climate Ventures. A desigualdade social e econômica torna as comunidades mais vulneráveis, especialmente aquelas que menos contribuíram para o aquecimento global.

No Brasil, doze ocorrências climáticas extremas deslocaram 745 mil pessoas, tornando o país o sexto no mundo em deslocamentos forçados por desastres climáticos. O estudo destaca que a justiça climática deve considerar fatores como raça, classe e gênero na formulação de soluções. No campo, é essencial garantir terra e renda para comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas.

Desafios Regionais

Na América Latina, cada país enfrenta desafios específicos. O Peru sofre com o derretimento das geleiras, afetando o abastecimento de água. O Chile enfrenta uma grave crise hídrica, enquanto a Argentina lida com inundações que prejudicam a agricultura. No Brasil, as queimadas aumentaram em 79% em relação a 2023, devastando 30,8 milhões de hectares em 2024.

Para enfrentar esses problemas, é necessário investimento. Contudo, os recursos disponíveis são insuficientes e frequentemente não chegam às comunidades mais afetadas. As populações enfrentam burocracia excessiva e exigências técnicas que dificultam o acesso a financiamentos. Apenas 103 das 374 instituições mapeadas atuam como financiadoras de soluções focadas em justiça climática.

A justiça climática deve ser o eixo central da agenda ambiental, não um apêndice. Sem essa abordagem, as transições ecológicas correm o risco de serem tecnocráticas e inviáveis.

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