Niterói enfrenta desafios ambientais em protesto no Dia do Meio Ambiente

Niterói celebra o Dia do Meio Ambiente com uma série de atividades educativas e protestos, em meio a preocupações sobre a política ambiental local. O evento ocorre na quinta-feira (5) e busca conscientizar a população sobre questões críticas, como a baixa reciclagem e a falta de integração em saneamento.

A prefeitura destaca seus investimentos em políticas ambientais, afirmando ser referência nacional. No entanto, ambientalistas criticam a transformação da Secretaria Municipal do Clima em subsecretaria e a redução da equipe. O professor Kenny Tanizaki Fonseca, do Departamento de Análise Geoambiental da Universidade Federal Fluminense (UFF), alerta para o aumento do adensamento urbano e a especulação imobiliária, que podem agravar os problemas ambientais.

Cássio Garcez, ambientalista, menciona a necessidade de superar desafios como a descarga de esgoto nas lagoas de Itaipu e Piratininga. Ele critica a falta de iniciativas em educação ambiental e a sensibilidade do Legislativo às questões ambientais. O presidente do Conselho Comunitário da Região Oceânica de Niterói, Carlos Jamel, enfatiza a importância de uma abordagem integrada para a gestão das lagoas.

A prefeitura, por sua vez, afirma que Niterói é a primeira colocada no Rio de Janeiro em saneamento e que investiu mais de R$ 1,7 bilhão em resiliência e prevenção nos últimos doze anos. O Parque Orla Piratininga é destacado como um dos maiores projetos de soluções baseadas na natureza do Brasil, com R$ 100 milhões investidos.

Durante a programação do Dia do Meio Ambiente, a cidade lança um aplicativo de trilhas ecológicas e promove atividades no Centro Eco Cultural Sueli Pontes. As atividades incluem oficinas, trilhas, exposições científicas e um mutirão de limpeza nas margens da laguna. O evento busca unir ciência, arte e natureza em experiências educativas e interativas.