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Cientistas descobrem ligação enigmática entre magnetismo da Terra e oxigênio

Estudo revela ligação entre o campo magnético da Terra e os níveis de oxigênio, sugerindo um mecanismo desconhecido que pode impactar a vida.

Uma floresta do período Permiano (impressão artística), que viu os níveis de oxigênio atmosférico atingirem mais de 35%. (Foto: Richard Jones/Science Photo Library)

Uma floresta do período Permiano (impressão artística), que viu os níveis de oxigênio atmosférico atingirem mais de 35%. (Foto: Richard Jones/Science Photo Library)

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Um estudo recente revela uma correlação intrigante entre a intensidade do campo magnético da Terra e os níveis de oxigênio na atmosfera. Pesquisadores analisaram registros geológicos dos últimos 500 milhões de anos e descobriram que as variações no campo magnético parecem acompanhar as mudanças na abundância de oxigênio. A pesquisa foi publicada na revista Science Advances em 13 de junho.

Os cientistas, liderados pelo biogeocientista Benjamin Mills, da Universidade de Leeds, sugerem que essa relação pode indicar um mecanismo ainda desconhecido que afeta ambos os fenômenos. "Não temos uma explicação clara para isso", afirma Mills. A pesquisa pode ajudar a entender melhor a evolução da vida na Terra e auxiliar astrônomos na busca por sinais de vida complexa em outros planetas.

Os níveis de oxigênio começaram a aumentar na atmosfera há cerca de 2,5 bilhões de anos, quando organismos fotossintetizantes começaram a se desenvolver. No entanto, apenas nos últimos 540 milhões de anos os níveis de oxigênio se tornaram adequados para a respiração da maioria dos animais. Para reconstruir os níveis de oxigênio do passado, os pesquisadores analisaram depósitos de carvão antigos, que indicam a frequência de incêndios florestais, um fator relacionado à concentração de oxigênio.

Variações no Campo Magnético

Os geofísicos também estudaram como a intensidade e a direção do campo magnético mudaram ao longo da história da Terra. Isso foi feito através da análise de rochas vulcânicas, que preservam a orientação dos cristais magnéticos formados durante a solidificação da lava. A equipe de Mills, que incluiu especialistas da NASA e da Universidade de Washington, encontrou uma forte correlação entre os níveis de oxigênio e a intensidade do campo magnético nos últimos milhões de anos.

Embora a pesquisa sugira que o campo magnético pode ter um papel na proteção da atmosfera contra a perda de gases para o espaço, os cientistas alertam que a perda de oxigênio devido a uma diminuição drástica do campo seria pequena em comparação com a produção de oxigênio pela fotossíntese. A descoberta abre novas possibilidades para entender como a dinâmica interna da Terra pode influenciar a habitabilidade do planeta.

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