15 de jun 2025

Alemanha promove conferência pré-COP para avançar discussões rumo a Belém
Começa amanhã, em Bonn, na Alemanha, a Conferência do Clima da ONU, que reunirá cerca de 5 mil participantes para discutir temas cruciais para o futuro climático do planeta. O foco será destravar negociações sobre indicadores de adaptação, a transição para uma economia de baixo carbono e o Balanço Global do Acordo de Paris. A embaixadora Liliam Chagas, negociadora chefe do Brasil, destacou a importância de avançar nas discussões em Bonn, evitando que a acumulação de temas prejudique a eficácia da COP30, que ocorrerá em novembro em Belém. "Estamos sugerindo que se busque um consenso sobre esses pontos ainda em Bonn", afirmou. Os presidentes dos órgãos subsidiários da UNFCCC, Harry Vreuls e Tosi Mpanu Mpanu, se comprometeram a apoiar os países na preparação de resultados robustos para a COP30. Eles enfatizaram a necessidade de um alinhamento técnico e político, especialmente em temas que permanecem pendentes desde a COP29 em Baku. A conferência também será um espaço para discutir o financiamento climático. Espera se que os países desenvolvidos avancem na criação de mecanismos que garantam apoio financeiro justo aos países mais vulneráveis, como os pequenos Estados insulares, que podem enfrentar perdas significativas até 2050. A presidência da COP30, liderada pelo embaixador André Corrêa do Lago, pediu resultados concretos e ação imediata. Ele enfatizou que a credibilidade do processo multilateral depende do comprometimento dos negociadores em Bonn. O embaixador alertou que a reunião não deve ser um momento de procrastinação, mas sim de progresso. Historicamente, as COPs enfrentam dificuldades em alcançar consenso em temas centrais, como a postura em relação aos combustíveis fósseis. Apesar dos compromissos da COP28, as ações concretas ainda são tímidas, com apenas 22 países atualizando suas metas climáticas em 2024. A falta de alinhamento entre grandes emissores, como China, União Europeia e Índia, pode dificultar o cumprimento da meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C. **Linha fina:** Em Bonn, conferência da ONU busca avanços em adaptação climática e financiamento justo, com foco na COP30 em Belém.
Geleira na Groenlândia com sinais de retração devido ao aumento das temperaturas globais (Foto: Olivier Morin - 11.ago.2023/AFP)
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Começa amanhã, em Bonn, na Alemanha, a Conferência do Clima da ONU, que reunirá cerca de 5 mil participantes para discutir temas cruciais para o futuro climático do planeta. O foco será destravar negociações sobre indicadores de adaptação, a transição para uma economia de baixo carbono e o Balanço Global do Acordo de Paris.
A embaixadora Liliam Chagas, negociadora-chefe do Brasil, destacou a importância de avançar nas discussões em Bonn, evitando que a acumulação de temas prejudique a eficácia da COP30, que ocorrerá em novembro em Belém. "Estamos sugerindo que se busque um consenso sobre esses pontos ainda em Bonn", afirmou.
Os presidentes dos órgãos subsidiários da UNFCCC, Harry Vreuls e Tosi Mpanu Mpanu, se comprometeram a apoiar os países na preparação de resultados robustos para a COP30. Eles enfatizaram a necessidade de um alinhamento técnico e político, especialmente em temas que permanecem pendentes desde a COP29 em Baku.
Desafios e Expectativas
A conferência também será um espaço para discutir o financiamento climático. Espera-se que os países desenvolvidos avancem na criação de mecanismos que garantam apoio financeiro justo aos países mais vulneráveis, como os pequenos Estados insulares, que podem enfrentar perdas significativas até 2050.
A presidência da COP30, liderada pelo embaixador André Corrêa do Lago, pediu resultados concretos e ação imediata. Ele enfatizou que a credibilidade do processo multilateral depende do comprometimento dos negociadores em Bonn. O embaixador alertou que a reunião não deve ser um momento de procrastinação, mas sim de progresso.
Historicamente, as COPs enfrentam dificuldades em alcançar consenso em temas centrais, como a postura em relação aos combustíveis fósseis. Apesar dos compromissos da COP28, as ações concretas ainda são tímidas, com apenas 22 países atualizando suas metas climáticas em 2024. A falta de alinhamento entre grandes emissores, como China, União Europeia e Índia, pode dificultar o cumprimento da meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C.
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