10 de jul 2025
Espírito Santo instala novas estações para monitorar terremotos após 45 abalos históricos
Duas novas estações sismográficas no Norte do Espírito Santo vão aprimorar o monitoramento de riscos sísmicos e auxiliar em pesquisas.

Espírito Santo recebe estações sismográficas para reforçar rede nacional de monitoramento de terremotos. (Foto: Reprodução)
Ouvir a notícia:
Espírito Santo instala novas estações para monitorar terremotos após 45 abalos históricos
Ouvir a notícia
Espírito Santo instala novas estações para monitorar terremotos após 45 abalos históricos - Espírito Santo instala novas estações para monitorar terremotos após 45 abalos históricos
Duas novas estações sismográficas temporárias foram instaladas no Norte do Espírito Santo para mapear riscos sísmicos. Os equipamentos, que operam por dois anos, têm como objetivo coletar dados em tempo real para pesquisas em neotectônica e prevenção de desastres naturais.
O estado já registrou 45 tremores de terra desde o século XVIII, com o primeiro evento documentado em 1767. A instalação das estações ARA01 e ITA01, localizadas na Base Oceanográfica da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e no Parque Estadual de Itaúnas, respectivamente, faz parte de um projeto da Rede Sismográfica Brasileira para o Mar (RSBR-Mar), coordenado pelo Observatório Nacional.
Essas estações não têm a capacidade de prever terremotos, mas são essenciais para entender os ciclos sísmicos. A professora Luiza Bricalli, do Departamento de Geografia da UFES, destaca que os locais foram escolhidos por serem estratégicos e próximos ao mar, onde a atividade sísmica é mais frequente. Os equipamentos ficam em abrigos técnicos que garantem proteção e acesso fácil para as equipes de pesquisa.
Além das duas novas estações, o Espírito Santo já conta com duas permanentes, localizadas em Rio Bananal e Alfredo Chaves. A expectativa é que os dados coletados fortaleçam a rede de monitoramento sísmico na região, conhecida como Amazônia Azul, onde se concentra a maior parte da atividade sísmica do Brasil. A coleta de dados será realizada a cada dois ou três meses, permitindo um histórico detalhado dos eventos sísmicos.
O projeto também prevê a instalação de mais quatro unidades em outros estados, com o intuito de democratizar o conhecimento sobre fenômenos sísmicos e contribuir para a elaboração de políticas públicas eficazes. A professora Bricalli enfatiza a importância de monitorar a atividade sísmica para proteger a população e planejar o uso responsável do território.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.