Descubra seis curiosidades fascinantes sobre os peixes-bois e sua importância ambiental

Os peixes-bois, conhecidos também como vacas-marinhas, são mamíferos aquáticos notáveis por sua natureza dócil e aparência robusta. Eles se alimentam de uma quantidade impressionante de vegetação aquática, consumindo cerca de 13% do seu peso corporal diariamente. Por exemplo, um peixe-boi-da-amazônia, que pode pesar até 420 kg, ingere mais de 50 kg de plantas em um único dia, incluindo algas e capins.

A reprodução desses animais é lenta, com uma gestação que dura aproximadamente 13 meses e um filhote que é amamentado por até dois anos. Normalmente, um peixe-boi dá à luz apenas um filhote a cada quatro anos, e casos de gêmeos são extremamente raros. Essa baixa taxa de natalidade, aliada à sua natureza solitária, dificulta a formação de populações saudáveis e geneticamente diversas.

Historicamente, os peixes-bois enfrentaram a ameaça da extinção devido à caça, especialmente por causa de sua pele dura, que era utilizada para a produção de couro. Embora a caça seja ilegal no Brasil desde 1967, ainda ocorre, principalmente entre comunidades ribeirinhas que consomem sua carne, colocando a espécie em risco. Além disso, a hibridização entre as duas espécies brasileiras, o peixe-boi-marinho e o peixe-boi-da-amazônia, reduz ainda mais a variabilidade genética.

Esses animais possuem sentidos aguçados, com uma visão apurada que lhes permite navegar eficientemente em seu habitat. Eles conseguem distinguir cores e têm uma membrana protetora nos olhos. O olfato também é bem desenvolvido, com um nariz que possui duas aberturas, permitindo que respirem mesmo submersos. O Brasil é o único país com as duas espécies de peixe-boi, que podem ser encontradas na foz do Rio Amazonas, mas a hibridização entre elas representa um desafio adicional para a conservação.