18 de jan 2025
Câmeras digitais transformam a percepção das auroras boreais e atraem turistas
O turismo das auroras polares gerou US$ 843 milhões em 2023, com crescimento projetado. A atividade solar que causa as auroras atingirá pico em 2026, aumentando a frequência. Muitos turistas se decepcionam com a intensidade das auroras ao vivo, em comparação às fotos. Câmeras digitais modernas capturam melhor as auroras, superando a percepção humana. A evolução tecnológica das câmeras e edição de fotos intensificam a midiatização do fenômeno.
Foto: Reprodução
Ouvir a notícia:
Câmeras digitais transformam a percepção das auroras boreais e atraem turistas
Ouvir a notícia
Câmeras digitais transformam a percepção das auroras boreais e atraem turistas - Câmeras digitais transformam a percepção das auroras boreais e atraem turistas
Entre setembro e abril, as auroras boreais iluminam o céu em regiões polares, atraindo turistas globalmente. Em 2023, o turismo relacionado a esse fenômeno gerou US$ 843 milhões, com uma expectativa de crescimento de dez por cento ao ano até 2030, impulsionado pelo pico da atividade solar previsto para 2026. As auroras, que são resultado da colisão de partículas solares com a atmosfera terrestre, têm sido estudadas desde o século 17, quando Galileu Galilei nomeou o fenômeno.
A intensidade das auroras varia conforme a altitude das tempestades solares. Quando atingem até 200 km, predominam as emissões de oxigênio, resultando em luz verde; já em altitudes menores, até 100 km, a emissão de nitrogênio gera coloração vermelha. Apesar do fascínio, muitos turistas, como os do Borealis Basecamp no Alasca, relatam decepção ao perceber que as auroras não são tão vibrantes quanto nas fotos. O fundador do resort mencionou que, mesmo com avisos, os visitantes frequentemente se sentem frustrados.
Historicamente, capturar auroras era um desafio técnico, especialmente antes da era digital. O professor norueguês Carl Størmer, ativo entre 1910 e 1930, foi um dos pioneiros na fotografia desse fenômeno. Com a chegada das câmeras digitais nos anos 2000, a qualidade das imagens melhorou significativamente. O professor Sean J. Bentley destacou que, até 2014, as câmeras digitais ainda não eram adequadas para capturar bem as auroras, mas a tecnologia evoluiu rapidamente.
Atualmente, as câmeras, incluindo smartphones, superam a visão humana em captar luz em ambientes escuros. Isso resulta em imagens de auroras que parecem mais intensas do que a percepção a olho nu. O professor Douglas Goodwin explicou que, embora as câmeras possam exagerar a luminosidade, elas não distorcem completamente a realidade. A combinação de várias fotos em rápida sucessão e o uso de inteligência artificial também contribuem para a qualidade das imagens, tornando a experiência visual das auroras polares ainda mais fascinante.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.