05 de abr 2025
Túmulo egípcio de 3.600 anos revela mistérios da enigmática dinastia de Abydos
Arqueólogos descobriram uma tumba em Abydos, Egito, com múltiplas salas. O ocupante da tumba permanece desconhecido devido a danos em hieróglifos. A tumba pode pertencer a um rei da enigmática Dinastia Abydos, entre 1640 1540 a.C. A descoberta pode revelar mais sobre a fragmentação política do Egito antigo. Pesquisadores planejam explorar mais áreas para encontrar outras tumbas reais.
Josef Wegner, do Museu da Pensilvânia (Foto: Josef Wegner/The Penn Museum)
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Arqueólogos descobriram uma nova tumba em Abydos, Egito, que pode pertencer a um rei desconhecido da enigmática Dinastia Abydos, que governou entre mil seiscentos e quarenta e mil quinhentos e quarenta antes de Cristo. A tumba, encontrada em janeiro, apresenta uma câmara funerária de calcário com múltiplos cômodos e uma entrada decorada, mas o nome do ocupante permanece ilegível devido a danos causados por ladrões de tumbas.
A câmara funerária, localizada a cerca de sete metros de profundidade, é a maior já encontrada da Dinastia Abydos, um período de fragmentação política na história do Egito. O egiptólogo Josef Wegner, que liderou a escavação, acredita que a tumba pode ser do rei Senaiib ou do rei Paentjeni, ambos mencionados em registros arqueológicos escassos. A descoberta é significativa, pois pode ajudar a esclarecer uma era pouco compreendida da história egípcia.
A tumba contém imagens pintadas das deusas Ísis e Néftis, que eram frequentemente associadas a rituais funerários. Os pesquisadores planejam explorar mais de dez mil metros quadrados da área em busca de outras tumbas, utilizando tecnologias como radar de penetração no solo e magnetometria para mapear estruturas subterrâneas. Wegner sugere que pode haver entre doze e quinze reis dessa dinastia ainda não identificados.
A Dinastia Abydos é notável por não figurar nas listas de reis do Egito, que tendiam a omitir governantes menos conhecidos. A descoberta da nova tumba reforça a ideia de que a história egípcia é mais complexa do que os registros oficiais sugerem. A egiptóloga Salima Ikram destacou a importância dessa descoberta para entender melhor a arquitetura dos túmulos reais e a ordem de sucessão dos governantes dessa época obscura.
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