29 de abr 2025
Desmatamento ameaça 122 sítios arqueológicos no Brasil, revela estudo do MapBiomas
Estudo revela que 122 sítios arqueológicos no Brasil foram impactados pelo desmatamento entre 2019 e 2024, destacando a urgência da preservação.
Pinturas rupestres em Monte Alegre: patrimônio ameaçado (Foto: Iphan/Divulgação)
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Um estudo do MapBiomas revelou que 122 sítios arqueológicos brasileiros foram impactados pelo desmatamento entre 2019 e 2024. A pesquisa, que analisou dados de preservação ambiental e patrimônio histórico, destaca a vulnerabilidade desses locais, especialmente na Caatinga, Mata Atlântica e Amazônia. A vegetação nativa ao redor dos sítios caiu de 53,5% em 1985 para 41,5% em 2023.
A agropecuária é a principal ameaça, com 79 dos 122 sítios afetados localizados em áreas desmatadas para expansão agrícola. O coordenador técnico do MapBiomas, Marcos Rosa, enfatiza que o cruzamento de dados é crucial para evitar danos à história contida nesses espaços. No Rio Grande do Norte, 13 dos 19 sítios arqueológicos estão em áreas com alertas de desmatamento devido a projetos de energias sustentáveis, como usinas solares e eólicas.
A cientista Marina Hirota, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), destaca a urgência de políticas de conservação. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) expressou preocupação e informou que está intensificando a fiscalização nas áreas críticas. Cada sítio destruído representa uma perda irreparável de informações sobre a ocupação humana no Brasil.
O estudo também aponta que muitos sítios ainda não foram catalogados. Estimativas indicam que menos de 30% do potencial arqueológico nacional está registrado. Os pesquisadores recomendam a criação de zonas de amortecimento ao redor dos sítios e parcerias entre órgãos ambientais e culturais para fortalecer a conservação. O relatório será enviado aos ministérios do Meio Ambiente e da Cultura, sugerindo a inclusão dos sítios nos sistemas de monitoramento ambiental existentes.
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