Notícias

Caveira em caverna de sangue na Guatemala revela ritual para invocar chuvas

Cientistas desvendam rituais de sacrifício humano na Cueva de Sangre, revelando práticas maias para invocar chuvas e a identidade das vítimas.

Foto:Reprodução

Foto:Reprodução

Ouvir a notícia

Caveira em caverna de sangue na Guatemala revela ritual para invocar chuvas - Caveira em caverna de sangue na Guatemala revela ritual para invocar chuvas

0:000:00

Nas profundezas da floresta tropical da Guatemala, a Cueva de Sangre revela novos mistérios da civilização maia. Recentes análises de ossos humanos encontrados no local indicam que rituais de sacrifício humano eram realizados há cerca de dois mil anos para invocar chuvas. A pesquisa, liderada pela bioarqueóloga Michele Bleuze, da Universidade Estadual da Califórnia, destaca a importância do local, que fica sob o antigo centro maia de Dos Pilas.

Os cientistas descobriram sinais de desmembramento ritual em fragmentos de ossos, sugerindo práticas religiosas específicas. Bleuze comentou que os restos encontrados não são corpos inteiros, mas partes que têm valor ritual. Entre os achados, um pedaço de testa com uma incisão e um osso pélvico infantil chamaram a atenção, ambos com ferimentos infligidos no momento da morte.

Contexto Ritual

Os pesquisadores acreditam que a disposição dos ossos e o tratamento dos corpos indicam um contexto ritualístico, não funerário. Um exemplo marcante é a pilha de quatro calotas cranianas dispostas em sequência, encontrada próxima a uma poça d'água. Junto a elas, foram localizadas lâminas de obsidiana e pedras cobertas com ocre vermelho, materiais usados em cerimônias religiosas maias.

A caverna só era acessível durante a estação seca, entre março e maio, período que antecede as chuvas. A hipótese é que os rituais eram realizados para clamar aos deuses pela água necessária às lavouras. Essa prática remete a celebrações contemporâneas, como o Dia da Santa Cruz, em que comunidades ainda realizam orações nas cavernas.

Próximos Passos

O grupo de pesquisa agora se dedica a uma análise mais aprofundada dos restos mortais. Estão previstas testagens de DNA antigo e exames de isótopos estáveis para identificar a origem e o perfil das vítimas. Bleuze afirma que o foco é entender quem eram essas pessoas, que foram tratadas de forma distinta do restante da população.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela