19 de mai 2025
Jequitibá gigante de 65 metros é descoberto na Mata Atlântica em Minas Gerais
Descoberta na Mata Atlântica: a mais alta árvore de jequitibá rosa, com 65 metros, foi localizada em Minas Gerais durante pesquisa com drones.
Mais alta árvore da espécie jequitibá-rosa tem 65 metros de altura e 5,5 metros de circunferência (Foto: Fabiano Rodrigues de Melo)
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A mais alta árvore de jequitibá-rosa (Cariniana legalis) do Brasil foi descoberta na Reserva Biológica da Mata Escura, em Minas Gerais. Com 65 metros de altura e 5,5 metros de circunferência, o exemplar foi localizado em março durante uma expedição que utilizava drones para monitorar primatas ameaçados.
A expedição, liderada pelo professor e pesquisador da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Fabiano Rodrigues de Melo, tinha como objetivo principal localizar os muriquis-do-norte (Brachyteles hypoxanthus). Os drones, equipados com câmeras térmicas, facilitaram a identificação de grandes troncos que retêm calor, levando à descoberta do jequitibá.
“Ficamos espantados com o tamanho dele, pois se trata do mais alto jequitibá que conhecemos”, afirmou Melo. A árvore foi encontrada em um vale de quase 51 mil hectares, parte de um programa de monitoramento de fauna e flora em parceria entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Vale, dentro da iniciativa Meta Florestal.
O pesquisador acredita que a altura do jequitibá é resultado de sua localização em uma área de floresta primária, intocada por séculos. “Essas árvores têm uma estrutura genética única e estão numa condição específica”, destacou Melo, ressaltando a importância de proteger as sementes e estudar a genética da espécie. Estima-se que o jequitibá tenha pelo menos 300 anos de idade.
A Mata Atlântica abriga mais de 20 mil espécies de árvores e arbustos, sendo o segundo bioma com maior biodiversidade das Américas, atrás apenas da Amazônia. A descoberta do jequitibá-rosa reforça a necessidade de conservação desse ecossistema vital.
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